quarta-feira, 1 de junho de 2011

TEM QUE OUVIR: Alice Cooper - School's Out (1972)

Alice Cooper não é apenas um cantor, é um entertainer. Seus shows mais parecem um teatro e sua música muitas vezes fica em segundo plano na atenção do público. Mas a prova de que a tia Alice tem grandes canções é a quantidade de clássicos dentro de sua discografia, sendo o período que vai de 1971 à 1974 - quando respondia pela Alice Cooper Group -, seu melhor momento. Mas qual disco desta fase devo destacar? Fico com aquele que possivelmente seja o seu trabalho mais popular, o ótimo School's Out de 1972.


Logo de cara temos o petardo alucinante de "School's Out". O riff de guitarra da introdução somado a linha de baixo ultra entorpecida, servem de cama perfeita para Alice Cooper despejar uma letra juvenil poderosa. Já o refrão - dono de levada tribal de bateria - cresce assim que vozes de crianças são escutadas berrando "no more teacher's dirty looks". Um clássico! Com uma abertura tão bombástica em um disco que traz na capa uma mesa escolar rabiscada, Alice Cooper ganhou a atenção do público jovem.

"Luney Tune" evidencia um Alice Cooper com voz potente numa canção paranoica, dona de arranjo orquestral climático - mérito do produtor Bob Ezrin -, violões melódicos e uma guitarra carregada de fuzz. Por sua vez, "Gutter Cat vs. The Jets" é um rock básico, com linha de baixo borbulhante do Dennis Dunaway, assim como os teclados insanos tocados pelo Michael Bruce.

"Street Fight" é uma faixa curtinha que agrega ao disco a atmosfera teatral da banda no palco. Além disso, ela nos leva para a cinematográfica "Blue Turk" (o clima e o sax da música lembram o tema do Pantera Cor-de-Rosa), uma canção melodiosa que comprova que a banda do Alice continha integrantes acima da média.

"My Stars" contém momentos inspirados do subestimado guitarrista Glen Buxton. O piano e a letra deixam a música doentia, tenebrosa, progressiva e extremamente melodiosa.

"Public Animal #9" é um rockão cheio de groove, com backing vocals melodiosos se contrapondo a voz potente e rasgada do Alice Cooper. Já "Alma Mater" é uma memorável balada. Seu final apoteótico emenda com o começo de "Grande Finale", faixa instrumental cheia de influências da soul music. Ela fecha o álbum com chave de ouro, dando acabamento cinematográfico ao disco, tamanha é a quantidade de sensações que é capaz de provocar.

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