Crass
The Feeding Of The 500 (1978). Gravado no começo da explosão punk, esse disco ganhou status cult por seus textos anarquistas. Mas vale se atentar para seu experimentalismo sônico, que trabalha o barulho como propriedade construtiva. Voraz, criativo, combativo e carismático. Anarcho-punk na raiz.
Max Tundra
Parallax Error Beheads You (2008). Não lembro como cheguei neste disco, mas adorei sua singularidade. É um indie eletrônico que tem como principal qualidade investir em timbres e, principalmente, melodias angulares bastante ousadas. Em alguns momentos cheguei a pensar que soaria como se o Frank Zappa fizesse um disco indie pop após aperfeiçoar seu Jazz From Hell. Isso, claro, dada a devida proporção de genialidade, mas que ao afirmar dá pra se ter uma ideia da encrenca.
Juçara Marçal & Kiko Dinucci
Padê (2008). Passado mais de uma década, já dá pra dizer que esse disco é uma obra-prima, né? A ancestralidade africana que sempre aflorou na música brasileira é aqui novamente valorizada via lindas e ricas canções. Não bastasse isso, deu luz a essa parceria fundamental da música brasileira contemporânea. Ouvi com minha filhinha e ela adorou.
Ataque Periférico
Esperto Que É Esperto Morre de Velho (2004). O som das favelas cariocas muito além do clichê do samba e funk (digo isso sem qualquer depreciação aos gêneros). Paulada hardcore crust sensacional. Adoro a crueza da gravação, trazendo ainda mais espontaneidade furiosa para as faixas. Bandaça.
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