ACHADOS DA SEMANA: Sex Pistols, Descendents, Lonnie Mack, Big Country e Tito Puente

Sex Pistols

Não bastasse a rainha ter morrido, coincidentemente assisti essa semana uma divertida série fictícia (Pistol) baseada na biografia do Steve Jones. Reouvir o clássico debut da banda foi inevitável. É um espetáculo, todo mundo sabe disso. Continua soando poderoso.

Descendents

All (1987). Falando em punk rock, tava escutando esse tremendo disco, o primeiro com os ótimos Stephen Egerton (guitarra) e Karl Alvarez (baixo) na formação. Aqui fica claro as experimentações do grupo. Há verdadeiras quebradeiras, melodias angulares, dentre outras características que fogem da ortodoxia do punk rock. Sensacional.

Lonnie Mack

The Wham Of That Memphis Man (1963). Uma paulada rockeira que parece ter sido gravado ao menos 5 anos depois do que de fato é. O cortante timbre de guitarra e a execução certeira (e quase virtuosa) fazem do Lonnie Mack um dos grandes guitarristas de rock da sua geração. As baladas são bonitas (ele canta muito bem), mas são os momentos mais “vitaminados” que chamam mais a atenção. Vale ainda destacar a amplitude dos arranjos e da captação. Um disco de rock à frente do tempo.

Big Country

Quando criança, na década de 1990, tinha impressão que essa banda era gigante. Ao menos tipo um INXS. Mas fui crescendo e nunca mais ouvi falar. Essa semana li elogios aos guitarristas Stuart Adamson e Bruce Watson, principalmente no que diz respeito ao trabalho com e-bow. Peguei a estreia do grupo pra ouvir, The Crossing (1983), e achei bem bom. Para minha surpresa, não soa tão datado. As guitarras tem “corpo” (pra não dizer “peso”), o reverb na bateria é na medida (soando grandiosas), as melodias não são cafonas… é um ótimo disco de pop rock.

Tito Puente

El Rey Bravo (1962). Disco divertidíssimo de mambo arquitetado por essa figura quase mitológica da música latina (embora tenha nascido nos EUA). Os arranjos beiram o frenético, o que é justificável para acompanhar os movimentos da dança. A captação calorosa, ritmos elaborados e interpretações carismáticas elevam o trabalho. É esse tipo de disco que gosto de ouvir com minha filha.