quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

TEM QUE OUVIR: Dizzee Rascal - Boy In Da Corner (2003)

É mais do que real a excelência e a tradição alcançada pelo hip hop nos EUA. Todavia, o país americano não detém o monopólio do estilo. A Inglaterra já havia se desenvolvido primorosamente na música eletrônica e, uma hora ou outra, isso iria desaguar no rap. Foi então que no começo do milênio, um negro franzino dos conjuntos habitacionais ingleses, conquistou não só disco de ouro, mas também o Mercury Prize. Boy In Da Corner (2003) abriu as portas para uma nova linguagem de música negra e periférica, embora europeia.


O peso do UK garage somado aos breakbeats da música jungle (ou drum and bass), a malícia do hip hop e o gingado do dancehall, deu luz ao grime, uma vertente do rap genuinamente britânica, consagrada justamente neste disco do Dizzee Rascal.

O rapper atua brilhantemente enquanto MC e produtor. Os timbres por ele escolhidos são encorpados e criativos, além de estranhamente dançantes. Paralelo a isso, ele cria todo um enredo cinematográfico com sonoplastia gangsta (coloque sirenes e tiros neste pacote). "Sittin' Here" é o exemplo máximo disso.

O grave e a interpretação eufórica de "Stop Dat" é digna de um maniaco. O mesmo vale para energética "I Luv U', o single do álbum, dono de beat absurdo de esquizofrênico.

Diante de uma base complexa com elementos melódicos da música oriental, Dizzee dilacera seu flow veloz em "Brand New Day". Já na estranhíssima "2 Far", Wiley, outro expoente da cena grime, dá as caras oferecendo dinâmica vocal ao disco.

A mente psicótica do Dizzee reflete na produção corrosiva de "Cut 'Em Off", na ritmicamente elaborada "Hold Ya Mouf", na intensa "Jus' A Rascal" e na sinteticamente entorpecida "Seems 2 Be".

Poucos trabalhos deste milênio tem tanta personalidade e criatividade quanto essa obra-prima do grime. Pena que o Dizzee Rascal não voltou a repetir o êxito.

domingo, 27 de janeiro de 2019

TEM QUE OUVIR: Benny Goodman - Carnegie Hall Jazz Concert (1950)

Existe uma tendência de analisarmos o jazz somente a partir do pós-guerra, quando subgêneros como cool jazz, bebop e free jazz surgiram como experiências de alta cultura. Todavia, a swing era já na década de 1930 proporcionou ao mundo compositores e instrumentistas geniais. Para se familiarizar com essa sonoridade, a audição do histórico Live At Carnegie Hall do Benny Goodman é ultra recomendada.


Em 1938, o palco do Carnegie Hall já empunhava respeito, sendo uma das maiores espaços de música erudita do mundo. Benny Goodman - um judeu que conheceu a miséria da infância e juventude, além de clarinetista muito acima da média -, conduziu sua música de uma simples experiência de entretenimento dançante - acusada de escapista, embora tão fundamental no período da Grande Depressão -, para cuidadosos arranjos com imersão pela música erudita. Logo, o Carnegie Hall tornou-se o palco perfeito para ele elevar o jazz ao alto escalão da música moderna.

Com uma big band invejável que trazia nomes como Gene Krupa (que dilacera sua bateria por todo o disco), Teddy Wilson (piano), Lionel Hampton (vibrafone), Harry James (trompete) e Jess Stacy (piano), não teve quem não reconhecesse aquela como uma das grandes orquestras do período.

O álbum lançado em 1950 contendo a histórica gravação de 12 anos antes é de um charme cinematográfico. A dinâmica explosiva, dançante e perfeitamente entrosada se faz valer logo de cara em "Don't Be That Way".

A sonoridade da dixeland é invocada na divertida e curtinha "Sensation Rag". Por outro lado, "Avalon" remete ao gypsy jazz. Já "Shine" é de humor quase circense.

Músicas como "One O'Clock Jump" e "Life Goes To Party" evidenciam todo o poder de fogo do grupo através de solos inspirados e da interpretação radiante dos temas. Mas nada que se compare a longa "Honeyysuckle Rose", um show de improviso seguido de aplausos a cada performance.

Mas nem só o time de instrumentistas se destaca, vide que os lendários irmãos George e Ira Gershwin assinam a composição das adoráveis "The Man I Love" e "I Got Rhythm".

No final, Count Basie, Freddie Green e Lester Young sobem ao palco para a versão definitiva de "Sing, Sing, Sing (With A Swing)", introduzida com sua batida inicial emblemática. Um final apoteótico que encerra com honra e exaltação uma noite memorável.

Embora pareça um documento histórico restrito a uma época, o material encontrado neste disco - e, principalmente, na reedição com a integra da apresentação lançado em 1999 - é de valor musical ad aeternum.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

DESAFIO PAIS DO BAURETS - #15discospara2019

Inspirado pelo Desafio Livrada - o desafio literário do canal Livrada que propõem 15 leituras para serem feitas durante um ano - decidi propor um desafio musical.

Serão 15 discos da escolha de vocês para serem escutado durante o ano de 2019. A única regra é eles estabelecerem as categorias. São elas:

- Um disco instrumental
Eu sei que muitos que leem esse humilde blog já estão familiarizados com música instrumental, mas outros ainda não. Eis uma oportunidade. Vale qualquer estilo: música erudita, eletrônica, jazz, rock... É moleza.

- Um disco de um grupo vocal
Após a primeira categoria, nada melhor que valorizar também os cantores. Como grupo vocal entende-se grupos de doo-wop , as girl-groups e até mesmo grupos brasileiros como o MPB4. Até o Take 6 entra no pacote. São muitas as possibilidades.

- Um disco de rock sem guitarra
Auto-explicativo. Afinal, nem só de guitarra é feito o rock. Tente fugir do synthpop. Que tal uma banda punk sem guitarra. Procurem algo diferente.

- Um disco autoproduzido
O produtor é peça fundamental da construção de um disco, mas nada impede do produtor ser o próprio artista que assina a obra. O google tá aí para ajudar na pesquisa.

- Um disco de um artista de um lugar que você foi viajar e achou massa
Foi para o Jalapão e achou lindo? Viajou para a Grécia e pirou o cabeção? Que tal então ouvir bandas/artistas destes locais. Ah, mas você não tem grana e nunca viaja? Pense então num lugar que você adoraria conhecer e escute algo deste local. Não tem desculpa.

- Um disco feito por um artista da sua cidade
Auto-explicativo. Se você for de uma capital, procure algo da cena alternativa/independente. Se conseguir ir ao show do grupo/artista e comprar o material da mão deles, mais legal ainda.

- Um disco fúnebre
Afinal, música nem sempre é para ser dançante ou divertida. Doses de morbidez também cai bem.

- Um disco politico
2019 tá aí, então é bom começar a se cercar de tudo que aprofunde sua consciência politica. São inúmeros os compositores que trafegam por letras engajadas e conscientes, seja na música folk, no rap ou hardcore.

- Um disco dançante
Faz de conta que você tenha que "discotecar" numa festa e só possa usar um único disco, sendo algo que ninguém conheça. Ou seja, é uma categoria para sair do óbvio quando o assunto é música dançante. Procurar gêneros como disco music, house music, forró, afrobeat e indietronica pode ser um caminho.

- Um disco que ganhou o Grammy de melhor álbum do ano
Claro, não é porquê um álbum levou o prêmio de "melhor do ano" que ele necessariamente é "o melhor". Todavia, pode ser interessante conhecer algo novo que a indústria da música consagrou no passado.

- Um disco que tenha uma mulher instrumentista
Porque as mulheres não se restringem ao canto. Que tal escutar uma mulher flautista, contrabaixista, baterista ou pianista. Não limite-se a "banda de mulheres". Tente algo fora do rock. Não precisa ser instrumental.

- Um disco de jazz
Para quem já gosta do estilo, é uma categoria fácil. Para quem ainda não se aprofundou no gênero, pode ser uma oportunidade. Escute sem querer ser inteligente ou cool, apenas ouça de coração e mente aberta. 

- Um disco de música eletrônica
Afinal, a música eletrônica não se restringe aqueles singles pavorosos do Steve Aoki ou "bate estacada" tipico de "baladinhas". Escutar um álbum de música eletrônica pode ser uma experiência agradável e instigante.

- Um disco da gravadora Stax
Não tem erro. Pode escolher qualquer um que é soul music dá melhor qualidade.

- Jards Macalé (1972), do Jards Macalé
Assim como no Desafio Livrada, a última categoria vai ser uma escolha fechada. Escolhi o primeirão homônimo do Jards Macalé por dois motivos. Primeiro por ser o meu disco predileto da música popular brasileira (não vou me estender sobre ele para não induzir numa possível diferente percepção do ouvinte). Segundo porque o Jards vai lançar um disco este ano que promete fazer grande barulho.

É isso. Se quiserem, coloquem suas escolhas e percepções nos comentários. Não deixem de participar e ouvir coisas diferentes.

sábado, 5 de janeiro de 2019

RETROSPECTIVA 2018: Mortes

Chegou a hora de relembrarmos quem nos deixou em 2018.

- "Fast" Eddie Clark
Guitarrista da formação clássica do Motörhead, da qual agora não sobrou ninguém vivo.

- Dave Holland
Baterista que fez parte do Trapeze e do Judas Priest.

- Mark E. Smith
Líder, fundador, compositor e vocalista do The Fall.

- Mestre Vieira
Percursor da guitarrada.

- Carlos Eduardo Miranda
Produtor, jornalista, diretor artístico, músico, apresentador e figuraça. Um fomentador cultural de extrema importância. Produziu dos Raimundos a Gaby Amarantos.

- Dona Ivone Lara
Uma das maiores vozes da história do samba.

- Charles Aznavour
Cantor e ator francês. Bastante conhecido pelo hit "She". Lenda no seu país.

- Glenn Branca
Influente guitarrista de vanguarda e um dos principais personagens da chamada no wave.

- Jon Hiseman
Espetacular baterista que fez parte da Graham Bond Organisation, Colosseum, Tempest e da banda do Jack Bruce. Trabalhou também como produtor.

- Vinnie Paul
Baterista do Pantera.

- Aretha Franklin
Lenda da soul music. Uma das mais importantes e talentosas cantoras da história.

- Hardy Fox
Fundador, líder e principal compositor do inventivo Residents.

- Pete Shelley
Líder, vocalista e principal compositor do Buzzcocks.

- Arthur Maia
Ícone do baixo brasileiro, que além de ter produzido trabalhos solos, acompanhou também Gilberto Gil, Caetano Veloso, Marisa Monte, Ivan Lins, Djavan, dentre outros.

- Miúcha 
Cantora e compositora brasileira.

- Rick Hall (Produtor e fundador do FAME Studios).
- Mikio Fujioka (Guitarrista do Babymetal).
- Dolores O'Riordan (Vocalista do Cranberries).
- Ruy Faria (Integrante do MPB4).
- Edwin Hawkins (Cantor do hit "Oh Happy Day").
- Flávio Henrique (Compositor mineiro).
- Steve Grizzly Nesbitt (Baterista do Steel Pulse).
- Jim Rodford (Baixista que teve passagem pelo Kinks e Zombies).
- Hugh Masekela (Trompetista sul-africano de jazz).
- Jeremy Inkel (Integrante do Left Spine Down).
- Volmir Martins (Cantor de música tradicional gaúcha).
- Dennis Edwards (Integrante do The Temptations).
- Ndugu Chancler (Baterista que gravou com Michael Jackson, Santana, Frank Sinatra, dentre outros).
- Coco Schumann (Guitarrista alemão de origem judaica que ficou conhecido por ter sobrevivido a três campos de concentração nazistas, onde era obrigado a tocar para os oficiais da SS. Chegou a acompanhar a Ella Fitzgerald).
- Lauro Machado Coelho (Critico musical brasileiro. Além de ter colaborado com revistas, escreveu um vasto material sobre Óperas). 
- John Perry Barlow (Letrista do Grateful Dead).
- Pat Torpey (Baterista do Mr. Big).
- Daryle Singletary (Cantor americano de country music).
- Tom Wheeler (Antigo editor da Guitar Player Magazine).
- Jóhann Jóhannsson (Compositor islandês que trabalhou em inúmeros filmes de sucesso).
- Wagner Molina (Requisitado profissional de iluminação).
- D.J. Fontana (Icônico baterista que tocou com o Elvis Presley).
- Didier Lockwood (Violonista francês que, dentre outros trabalhos, tocou com o Magma).
- Craig MacGregor (Baixista do Foghat).
- Glauton Campello (Pianista presente em discos do Djavan e Ed Motta).
- Fabiano Penna (Guitarrista da banda Rebaellium).
- Mickey Foote (Dentre tantas coisas, produzir o primeiro disco do Clash).
- Ben Adams (Tecladista que estava tocando nas tours mais recentes do Queen).
- Russ Solomon (Fundador da Tower Records).
- Nokie Edwards (Guitarrista do Ventures).
- Stephen Hawking (Um dos mais importantes físicos da história, que curiosamente transcendeu a ciência, fazendo parte da cultura pop, tendo inclusive colaborado com séries e, até mesmo, em uma canção do Pink Floyd).
- Craig Mack (Rapper que chegou a fazer algum sucesso nos anos 90. Primeiro artista lançado pela gravadora do Puffy Daddy).
- Claudia Fontaine (Cantora que ficou conhecida por fazer backing vocal no PULSE do Pink Floyd).
- Frank "Killjoy" Pucci (Vocalista do Necrophagia).
- Mike Harrison (Vocalista e líder do Spooky Tooth).
- André Rodrigues (Baixista que acompanhou Wanessa da Mata, Lulu Santos, Ed Motta e tantos outros).
- Índio Cachoeira (Importante violeiro e luthier).
- Vagner Garcia (Um agitador cultural brasileiro que trabalhou em gravadoras como EMI, Eldorado, Paradoxx e Trama).
- Cecil Taylor (Um dos grandes pianista do jazz. Inquieto improvisador).
- Nathan Davis (Brilhante instrumentista de jazz, que acompanhou inúmeros artista fosse tocando sax, clarinete ou flauta). 
- Milos Forman (Diretor de cinema consagrado via filmes como Amadeus).
- Randu Scruggs (Cantor de música country).
- Mr Yosie (Rapper mexicano).
- Avicii (Jovem e popular DJ de EDM).
- Paulo Russo (Contrabaixista que gravou com nomes como Hermeto Pascoal, Victor Assis Brasil, Paulo Moura, Edu Lobo, Hélio Delmiro e tantos outros).
- DJ Still (DJ fundados do grupo Dälek).
- Roberto Diez (Um dos fundadores do DNSA).
- Charles Neville (Saxofonista do Neville Brothers).
- John "Jabo" Starks (Baterista que tocou com o James Brown. Foi muito sampleado).
- Steve Coy (Baterista do Dead Or Alive).
- Scott Hutchison (Vocalista do Frightened Rabbit).
- Ben Graves (Baterista do Murderdolls).
- Glenn Scoddy (Inventor do pedal de fuzz).
- Josh Martin (Guitarrista da banda Anal Cunt).
- Stewart Lupton (Vocalista do Jonathan Fire*Eater)
- Ralph Santolla (Guitarrista que passou pelo Deicide, Obituary e Iced Earth).
- Danny Kirwan (Guitarrista, cantor e compositor com importante passagem pelo Fleetwood Mac).
- Caleb Scofield (Baixista e vocalista do Cave In. Participou do Old Man Gloom).
- Nick Knox (Baterista do Cramps).
- Matt "Guitar" Murphy (Lenda da guitarra blues. Tocou com Memphis Slim e Blues Brothers).
- XXXTentacion (Estrela da nova geração do rap).
- Jimmy Wopo (Rapper americano em ascensão).
- Joseph Jackson (O perverso pai do Michael Jackson).
- Steve Soto (Baixista do The Adolescents).
- Smoke Dawg (Rapper canadense).
- Richard Swift (Membro do The Shins e do The Arcs. Fazia parte da banda de apoio do Black Keys).
- Junior Killa (DJ de hip hop do Distrito Federal).
- Bill Watrous (Trambonista de extensa carreira como bandleader. Acompanhou também artistas como Prince e Frank Sinatra).
- Nancy Sinatra (Cantora e atriz. Primeira esposa do Frank Sinatra).
- Scott Johnson (Roadie do Radiohead que morreu durante a montagem do palco da banda).
- Hélio Eichbauer (Cenógrafo que trabalhou em espetáculos de medalhões da música brasileira).
- Mark Shelton (Guitarrista fundador do Manilla Road).
- Tomasz Stanko (Trompetista e compositor de música de vanguarda).
- JJ Jackson (Bluesman americano figura carimbada em shows no Brasil).
- Ellen Loo (Cantora pop famosa em Hong Kong e Taiwan).
- Guilherme Lamounier (Cantor e compositor cultuado, embora pouco conhecido).
- Randy Rampage (Vocalista original do Annihilator).
- Jill Janus (Vocalista do Huntress).
- MC G3 (Funkeiro cariora).
- Américo Mortagua (Baterista do Dorsal Atlântica). 
- Deivison Kellrs (Vocalista do grupo Torpedo).
- Ed King (Guitarrista que fez parte do Lynyrd Skynyrd).
- Marceloo Fumaça (Integrante da banda Os Virgulóides).
- Jason "J-Sin" Luttrell (Vocalista do Primer 55).
- Helio Santisteban (Fundador do grupo Pholhas e do estúdio Mosh).
- Zé Bettio (Radialista veterano que lançou nomes importantes da música sertaneja, como Milionário & José Rico).
- DJ Mauro Borges (Personagem na cena clubber paulista).
- Conway Savage (Tecladista que tocou durante décadas com o Nick Cave & The Bad Seeds).
- Mac Miller (Jovem e popular rapper).
- Mc Naldinho (Funkeiro autor do hit "Um Tapinha Não Dói").
- Mr. Catra (Um dos principais nomes do funk carioca).
- Wilson Moreira (Compositor que teve músicas regravadas por Clara Nunes, Alcione, Beth Carvalho e Martinho da Vila).
- Nick John (Manager do Mastodon). 
- Tito Madi (Veterano cantor de samba-canção).
- Luhli (Cantora, compositora (inclusive de "O Vira" e "Fala" do Secos & Molhados) e multi-instrumentista. Fez parte da dupla Luli e Lucina).
- Otis Rush (Lenda da guitarra blues).
- Marty Balin (Co-fundador do Jefferson Airplane).
- Angela Maria (Uma das mais icônicas e influentes cantoras da Era do Rádio).
- Casquinha (Compositor da Portela).
- Geoff Emerick (Lendário técnico de áudio que, dentre tantos trabalhos, participou da gravação dos discos dos Beatles).
- Montserrat Caballé (Soprano espanhola que ficou bastante conhecida devido o dueto com o Freddie Mercury).
- Bifes (Baixista do Simbiose).
- Moa do Katendê (Compositor, percussionista e mestre de capoeira. Foi assassinado por apoiadores do Bolsonaro).
- Oli Herbert (Guitarrista do All That Remains).
- Wah Wah Watson (Guitarrista sideman que gravou discos dos Temptations, Jackson 5, Supremes, dentre outros).
- Todd Youth (Guitarrista que tocou no Warzone, Murphy's Law, Agnostic Front e Danzig).
- Willie Basse (Vocalista de hard rock/heavy metal. Foi frontman do Black Sheep).
- Thomas Diaz (Guitarrista e tecladista que passou pelo The World Is A Beautiful Dead & I Am No Longer Afraid To Die).
- Josh Fauver (Ex-baixista do Deerhunter). 
- Roy Hargrove (Trompetista que tocou com Sonny Rollins, Erykah Badu, D'Angelo, Common, dentre outros).
- Sonny Fortune (Saxofonista que fez parte do grupo do Elvin Jones).
- Lucho Gatica (Lendário cantor chileno de bolero).
- Roy Clark (Guitarrista, apresentador e difusor da música country).
- Caio Ribeiro (Caião) (Técnico de PA que já trabalhou com bandas como Sepultura, Skank, Ira!, Ratos de Porão, dentre outros).
- Nicolas Roeg (Diretor de cinema que muito bem representou a contra-cultura e transitou com inúmeros artistas da música (vide David Bowie e Mick Jagger) chegando a tê-los nos seus filmes). 
- Jody Williams (Veterano bluesman).
- Sérgio Knust (Guitarrista sideman que trabalhou com diversos artistas, principalmente no meio gospel).
- Erik Lindmark (Guitarrista de death metal fundador da banda Deeds Of Flesh).
- Waltel Branco (Brilhante e respeitadissimo arranjador e violonista brasileiro).
- Isolda Bourdot (Compositora que, dentre tantas canções, fez "Outra Vez", famosa na voz do Roberto Carlos).
- Nancy Wilson (Lendária cantora de jazz).
- Joe Osborn (Baixista de estúdio que fez parte da Wrecking Crew).
- Guto Barros (Guitarrista que fez parte da Blitz e da banda do Lobão).
- Cafi (Fotógrafo que fez diversas capas clássicas da música brasileira, incluindo a do Clube da Esquina).
- Ray Sawyer (Vocalista da banda Dr. Hook & The Medicine Show).
- Dean Ford (Vocalista e principal compositor do Marmalade).