sexta-feira, 29 de junho de 2018

ACHADOS DA SEMANA: Djalma Corrêa, Frankie Miller, Kirato e Volta Seca

DJALMA CORRÊA
Para quem se interessa por percussão brasileira, o álbum de 1978 do Djalma Corrêa é obrigatório. Um documento do ritmo.

FRANKIE MILLER
O subestimado Frankie Miller, simbolo do rock escocês. High Life (1974) é um discão. A banda é ótima, as composições são sensacionais e a interpretação vocal do Frankie é nível Rod Stewart nos melhores momentos.

KITARO
Por recomendação do Márcio Okayama cheguei ao Kitaro. Para quem curte new age e música japonesa é prato cheio. Ouvi a semana toda antes de dormir.

VOLTA SECA
Somente agora descobri o disco do lendário Volta Seca, o cangaceiro do bando do Lampião. É um espetáculo. "Acorda Maria Bonita" e "Mulher Rendeira" são clássicos da cancioneiro popular.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Bandas/Artistas da Sérvia

Dando sequência na torcida contra a seleção da CBF, chegou a hora falar sobre os grandes nomes da música sérvia. 

Tako
Rock progressivo dos bons. Um pouco tardio? Talvez. Mas hoje isso não faz mais diferença.

Riblja Corba
É rock denso e um tanto quanto tosco, mas é curioso. Ao que consta é uma das principais bandas do país.

Repetitor
Banda com pouco mais de uma década. É um indie moderno e garageiro. Bem legal.

Ekatarina Velika
O rock oitentista sérvio aparentemente é mais bacana que o rock brasileiro do mesmo período (mera provocação, não levem tão a sério).

Bjesovi
Eis o rock alternativo noventista sérvio. O disco de estreia desta banda é bem bom.

terça-feira, 26 de junho de 2018

TEM QUE OUVIR: Goldie - Timeless (1995)

Entre o final da década de 1980 e o começo de 1990, durante o auge da cena rave, a música eletrônica se desenvolveu em maior profusão. Subgêneros como o UK garage, jungle e drum and bass traziam novas explorações rítmicas e timbristicas. O álbum Timeless (1995) do Goldie é o exemplo máximo deste período.


Se antes beats em 120 bpm, 4/4 e com acentuação na cabeça do tempo é o que prevaleciam na house music, com o Goldie breakbeats complexos, altamente dançantes, que ressaltam pesadas batidas sincopadas, tornaram-se febre na música eletrônica. Não demorou muito para artistas do mundo pop (vide David Bowie, U2 e Madonna) se influenciarem por tal proposta.

A faixa "Timeless" abre o disco em tom épico. São mais de 20 minutos levando para a música de pista reflexões filosóficas. A introdução inspirada na música ambient é somada a lindos vocais etéreos da Diane Charlemagne numa repaginação de "Inner City Life". A composição se desenvolve num beat intenso com a célula rítmica clássica do drum and bass. Motivos étnicos e climas tão pulsantes quanto introspectivos enriquecem a canção. Uma obra-prima da música eletrônica independente do subgênero.

O ritmo ousado em timbres saturados de "Saint Angel" evidenciam que o Goldie não faria concessões a sua arte. Em "State Of Mind" a influência de diferentes estilos se faz presente, vide os sintetizadores de ambient music e new age, além das vozes que caminham entre o soul, gospel e jazz.

Em tempos onde a música eletrônica mainstream mais parece trilha-sonora de propaganda de celular, a obra do Goldie, por mais datada que seja em alguns aspectos, é um exemplo claro de proposta estética sofisticada com composições bem amarradas e arranjos inteligentes.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

ACHADOS DA SEMANA: The Turtles

THE TURTLES
Com a copa do mundo rolando, não fui atrás de grandes novidades musicais. Me concentrei apenas no ótimo álbum Happy Together (1967) do Turtles. É o perfeito sunshine pop. Melodioso, divertido, beat e psicodélico. Uma maravilha!

Bandas/Artistas da Costa Rica

Dando sequência na torcida contra a seleção da CBF, chegou a hora falar sobre os grandes nomes da música costa-riquenha. 

Walter Ferguson
De cara, o grande destaque do que ouvi vindo do país. Esse veterano cantor/compositor de calypso faz um som solar, mas também estranho. É um sujeito que com rápida audição já é perceptível sua grande personalidade. Muito legal.

Bruno Porter
Não entendi se é uma banda ou artista solo, mas ouvindo o disco Chuís parece árbot (1997) fiquei admirado com a proposta criativa de rock alternativo. Nem sempre dá certo sonicamente, mas ainda assim vale conferir.

Parque En El Espacio
Mais um grupo inventivo de rock alternativo, aqui incorporando ao som interferência eletrônicas.

Las Robertas
Grupo indie que traz referência de dream pop, garage rock e até mesmo noise rock. É bem bacana.

Sight Of Emptiness
Simplesmente death metal melódico costa-riquenho com temáticas depressivas. 

terça-feira, 19 de junho de 2018

TEM QUE OUVIR: Violent Femmes - Violent Femmes (1983)

Existem bandas que nunca ultrapassam o sucesso moderado, mas que ao mantê-lo por décadas, tornam-se lendárias. É o caso do Violent Femmes, que construiu um culto involuntário ao seu homônimo debut lançado em 1983.


Embora de instrumentação acústica - apropriada para uma banda que tocava nas ruas -, a energia e atitude demonstrada na execução das faixas é de força punk, vide a abertura poderosa com "Blister In The Sun". Não por acaso o grupo é comumente rotulado de folk punk, embora seja preferível colocá-los no balaio do rock alternativo oitentista.

Inclusive, sua influência para o rock alternativo é nítida. Até mesmo a cena grunge se inspirou nas letras surreais e derrotistas do Gordon Gano, vide "Kiss Off" e "Confessions". Mesmo o approach acústico daquela cena pode ter suas raízes aqui.

A cozinha formada pela "bateria portátil" do Victor DeLozenzo e o baixo staccato do Brian Ritchie - características herdadas do rockabilly e até mesmo do skiffle -, é poderosa e criativa, mesmo dentro das limitações técnicas, vide a esquisita "To The Kill".

É possível ouvir sotaques de reggae em "Please Do Not Go", possivelmente inspirados pela geração 2 Tone. 

A divertida "Add It Up" recorrentemente aparece em alguma trilha sonora, o que faz da canção um sucesso do grupo. 

Impossível não reagir com entusiasmo diante das divertidas "Prove My Love" e "Promisse". O oposto vale para a desalenta balada country "Good Felling" (ótima melodia e arranjo). Destaque também para "Gone Daddy Gone", com direito a citação de Willie Dixon e solo de xilofone.

Um clássico que tem tudo para transcender o imaginário cult via sua qualidade musical.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Bandas/Artistas da Suíça

Acabo de lembrar que em 2014 fiz uma sessão aqui no blog com artistas dos países adversários do Brasil na Copa. Torcida contra? Talvez. Afinal, não sou nem um pouco simpatizante da seleção da CBF e não vejo motivos para ficar propagando "ufanismos".

Quer torcer para o Brasil? Não faltam músicas para acompanhar a torcida. Quer secar a seleção? Acompanhe os posts aqui no blog. No mínimo a brincadeira vale para relembrar ou até mesmo descobrir novos artistas.

Começando pela adversária de ontem, a Suíça.

Celtic Frost
Uma das bandas melhores e mais influentes do metal extremo do mundo. Muito do black metal partiu daqui. Adoro o clássico To Mega Therion (1984), com destaque até mesmo para a capa de autoria do H.R. Giger. Acho tão brutal quanto "sinfônico".

Hellhammer
Banda que deu origem ao Celtic Frost. É bem podreira, o que não necessariamente é um problema.

Triptykon
E não é que o Thomas Gabriel Fischer, líder dos dois grupos anteriores, chacoalhou minha mente novamente em 2014 através do disco Melana Chamasta, da sua atual banda, o Triptykon. Não por acaso ele é um dos principais nomes do metal extremo.

Coroner
Banda inicialmente formada pelos roadies do Celtic Frost (pra vocês verem a influência da banda), mas que conquistou valor próprio. Adoro o disco Mental Vortex (1991). Meio thrash metal, meio progressivo. 

Gotthard
Para não ficar restrito a "árvore genealógica do Celtic Frost", vale relembrar o Gotthard, banda de hard rock que ajudou a fazer da Europa o novo centro do estilo, justamente numa época em que o gênero tinha sido varrido dos EUA. Musicalmente? Não posso dizer que adoro, mas o Dial Hard (1994) ao menos ter certo peso.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

ACHADOS DA SEMANA: Warren Zevon, Colosseum, Frank Zappa e Tchaikovsky

WARREN ZEVON
Um tipico caso de cantor/compositor grande nos EUA e pouco lembrado no Brasil. Peguei seu clássico disco Excitable Boy (1978) para dar uma escutado e adorei. Ótimas composições e passagens interessantes do guitarrista Danny Kortchmar.

COLOSSEUM
Com a morte do brilhante Jon Hiseman, peguei o excelente Valentyne Suite (1969) para reouvir. Discão.

FRANK ZAPPA
Para a minha geração, que não teve sequer a chance de ver o Zappa ao vivo, álbuns como Roxy & Elsewhere (1974) devem estar sempre ao alcance.

TCHAIKOVSKY
Começou a Copa, então nada melhor que visitar esse grande compositor russo para entrar no clima.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Passeando pelo Tiny Desk

Semanas atrás fiz um post sobre o tempo que perco em vídeos do canal Drumeo. Outra página do YouTube que me rouba horas é o Tiny Desk, essa retratando a música pop contemporânea. Fica aqui uma amostra dos meus vídeos prediletos.

Tyler, The Creator
Como essas gurias cantam, não? Lindas melodias. Quando o Tyler entra é muito legal. Seu flow/timbre é tão suave quanto imponente. Espetacular!

Big K.R.I.T.
Mesmo com alguma semitonadas, a fluidez de seu canto é espetacular. Uma das grandes vozes do rap atual. Expressivo e delicado.

Daniel Caesar
Freudian é um dos meus discos prediletos de 2017, mas confesso que nunca tinha parado pra ver uma apresentação do Daniel Caesar. Em disco funciona melhor, mas é inegavelmente seu talento. Prato cheiro pra quem curte r&b contemporâneo.

Anderson .Paak
Sempre legal ver a destreza do Anderson .Paak ao cantar e tocar bateria. Ele é definitivamente muito talentoso.

alt-J
As canções intimistas do alt-J, calcadas na música folk, soaram muito bem diante do clima aconchegante do programa. Tudo muito bem arranjado e executado.

Nate Smith + KINFOLK
Esse monstro da bateria contemporânea distribui groove numa performance arrebatadora.

Natalia Lafourcade
Uma das vozes mais belas da atualidade. Exemplo máximo de como essa "tendência" para sons latinos pode gerar grandes trabalhos. É tradicional, mas também moderno.

Noname
Dona de um flow veloz e cheio de personalidade, é interessante ver como a Noname se porta como uma "menina", mesmo apresentando grande maturidade musical. Sua banda também soa muito bem.

T-Pain
A famosa performance que "revelou ao mundo" que o T-Pain "sabe cantar". De fato, sua voz está ótima. Fora que ele está nitidamente (e positivamente) vulnerável sem o auto-tune que o consagrou. Bem legal. 

Mac Miller
Honestamente, nem perde tempo, vá direito pra segunda faixa e veja uma performance acachapante do baixista Thundercat. Sensacional.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

TEM QUE OUVIR: New Model Army - The Ghost Of Cain (1986)

Em meados da década de 80, toda uma geração ficou órfã com o fim do The Clash. Foi então que o New Model Army capitulou o espirito politico contestador e alinhou a uma eficiência sonora absurda. The Ghost Of Cain (1986) é o grande documento deste período.


A pulsante "The Hunt" abre o disco trazendo uma atmosfera densa e linha de baixo robusta. A faixa tem uma dinâmica crescente impressionante, culminando em berros que devem ser seguidos com socos ao ar.

Existe um clima gótico no ritmo tribal e na melodia vocal melancólica de "Lights Go Out" que nos impede de rotular a banda. Punk rock, rock alternativo, gótico e até mesmo elementos da música celta (vide "Lovesongs") fazem parte do arsenal do New Model Army.

A clássica "51st State" - que faz referência a submissão da Inglaterra aos EUA - é um dos melhores exemplos da capacidade do grupo em alinhar temática política com um senso melódico e execução vibrante (vide o refrão explosivo). A maneira com que eles incluem violões nos arranjos também é de grande sabedoria. Isso ocorre novamente com grande êxito em "Master Race".

É não menos que maravilhosa a participação do Mark Feltham tocando gaita na nocauteante "Poison Street". Mas é o Justin Sullivan o grande nome da banda, sendo não só um cantor visceral, mas também um compositor talentoso, vide a arrojada "Western Dream". A musculosa cozinha também chama atenção nesta faixa.

The Ghost Of Cain é a prova de que é possível ser inteligente sem abrir mão da atitude dentro do rock.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

ACHADOS DA SEMANA: The Lovin' Spoonful, Peaches e Júlio Reny

THE LOVIN' SPOONFUL
Mais uma daquelas pérolas sessentistas que eu demoro para me atentar. Daydream (1966) é um disco delicioso.

PEACHES
Acreditam que até agora eu não tinha parado pra escutar a Peaches. Claro, sei que a moça é uma figuraça, mas som mesmo até então nada. Peguei pra escutar o The Teaches Of Peaches (2000) e achei bem divertido. Na época que saiu provavelmente era mais instigante, mas é bacana.

JÚLIO RENY
Último Verão (1983), pérola do rock sulista nacional. Ótimas composições.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

ACHADOS DA SEMANA: The Evaporators, Franco Luambo e The Reverend Horton Heat

THE EVAPORATORS
Teve uma semana estressante? Aqui vai uma dica de álbum para você ouvir tomando uma cerveja neste fim de semana. Ripple Rock (2004) é garageiro, humorado, com sensibilidade power pop e atitude punk.

FRANCO LUAMBO
Nessa eterna busca por guitarristas, uma hora ou outra eu ia cair no Franco Luambo, lenda musical do Congo e integrante do TPOK Jazz. Mal conheço, mas já adorei seu som solar e cheio de groove. Dizem que ele foi responsável por reafricanizar a rumba.

THE REVEREND HORTON HEAT
Rockabilly (nada pastiche) de meados dos anos 90. Pesado, sujo, divertido e muito bem tocado. The Full Custom Gospel Sounds Of... (1993) é discão.