quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

O indie rock e suas baladas

Tenho certo problema com o indie rock do novo milênio (entenda como aquelas bandas pós-Strokes). E cheguei a conclusão que o maior problema desses grupos é a incapacidade de criarem boas baladas. A execução também é falha, mas até ai o Pixies nunca foi uma grande banda em cima dos palcos e eu não reclamo. É verdade também que as canções animadas, com aquela abordagem dançante meio poperô, também são um saco - LCD Soundsystem corre por fora -, mas não é o elemento fundamental do meu desgosto.

Pensando nisso, selecionei algumas ótimas baladas do indie rock pré-00's. Entenda como indie o rock alternativo, começando com o Velvet Underground, indo até o Mac DeMarco (mas neste post em especifico, parando antes da virada do milênio).

Então vai lá, sem pensar muito, uma TOP 10 só de clássicos:

01: Velvet Underground - Sunday Morning
Já que falei neles, uma das baladas mais bonitas de todos os tempos. Deu até pena deixar "Pale Blue Eyes" de fora, mas é que "Sunday Morning" bate lá no fundo da coração.

02: The Cure - Just Like Heaven
The Cure, vulgo a banda de baladas mais discotecáveis.

03: R.E.M. - So. Central Rain
Como pedir desculpas numa música e não soar cafona.

04: Pixies - Where Is My Mind
Foi usada e abusada, mas ainda assim permanece maravilhosa.

05: Suede - Heroine
Toda melancolia do britpop numa balada esplendida.

06: Smashing Pumpkins - 1979 
Dispensa apresentações.

07: Teenage Fanclub - I Don't Want Control Of You
Misture Beach Boys com Big Star e mande para a década de 1990.

09: Pavement - Spit On A Stranger
Pavement em sua fase derradeira. Adoro essa melodia.

10: My Bloody Valentine - Sometimes
Ok, é uma balada ruidosa, mas ainda assim é uma balada.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Twittes sobre o Grammy

Ontem rolou o Grammy. Dentro do possível de uma festa tão corporativista e cafona, até que achei legal (principalmente se comparada as edições anteriores mais recentes). Todavia, não foi legal o suficiente para merecer um texto, então já que fui twittando algumas bobagens durante a festa, postarei os twittes aqui só para deixar registrado. Dá para ter uma ideia de como foi a premiação.


- Comentários que não interessam ninguém só para deixar registrado: Kendrick foi maneiro, Lady Gaga um saco.

- Quando chega a hora dessas apresentações country-pop o twitter aqui até se cala. Felizmente não aderimos a esse lixo americano. Juro que prefiro até nosso sertanejo-pop horrível.

- Uma dúvida: qual o perfil do público do Sam Smith? Digo, além da disfunção erétil, claro.

- Sei que rock é som de tiozinho e, pior, associado a fãs conservadores de merda, mas o Gary Clark Jr. nessa homenagem ao Fats Domino e Chuck Berry foi massa demais. E era o Joe Saylor na bateria? Demais!

- "Despacito", nunca falei mal.

- Childish Gambino, um cara sério. E era o Kevin Parker na guitarra?

- Entre as 10 maiores enganações da história da música está a Pink. E bem colocada.

- Bruno Mars é muito talentoso, mas sua música tem uma aura requentada que me impede de gostar em sua plenitude.

- Não vou falar mal do Sting não. Atirem as pedras vocês.

- DJ Khaled, o Gominho americano.

- A Rihanna tá meio "impressionante", né?

- Perto dos outros que concorriam, Chris Stapleton é quase um Gregg Allman.

- Mas aqui, entre a gente, com o maior respeito: essa música da Kesha não é grande coisa, né?

- É, não tem jeito, U2 tornou-se uma banda detestável. Acontece. Paciência.

- Não sabia que o Bernie Taupin é careca. Acho que nunca tinha visto sua cara.

- Elton John é tão grande! Fica muito desproporcional.

- Não curti o disco da SZA tanto quanto o hype (achei apenas ok), mas confesso que achei essa sua apresentação bem classuda.

- Emmylou Harris, uma prova de que o pop country americano nem sempre foi terrível

- Esse momento das mortes sempre me abala. Devo ser um idiota, mas é real.

- A cada discurso do Logic, mais eu o odeio.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

5 músicas do Rush, 5 músicas do Slayer

Mal começou o ano e duas bandas já anunciaram que estão pendurando as chuteiras: Rush e Slayer. Os dois grupos, se não no auge, ao menos acabam antes de perderem a dignidade.

Embora o Rush já desse sinais de seu fim - muito devido ao desinteresse do baterista Neil Peart em gravar novo disco e sair em longas turnês -, somente agora o guitarrista Alex Lifeson anunciou que realmente a banda acabou.

Já o Slayer - sem Jeff Hanneman e Dave Lombardo, embora brilhantemente substituídos por Gary Holt e Paul Bostaph - anunciou uma famigerada tour de despedida.

Deixarei uma pequena homenagem a esses dois grandes grupos, selecionando minhas cinco músicas prediletas de cada. Não necessariamente as melhores ou mais conhecidas, embora ache difícil fugir do óbvio.

Está em ordem de lançamento

RUSH
01: Anthem
Uma das minhas introduções prediletas do rock. Ainda mais próximos do hard rock do que do progressivo que vieram a fazer posteriormente.

02: A Passage To  Bangok
A banda, sempre considerada certinha e careta, num verdadeiro ode a maconha. Faixa curta perfeita para quem tem bode das canções longas do grupo.

03:  La Villa Strangiato
"2112", "Xanadu"... dentre tantas canções grandiosas/épicas do Rush, essa sempre foi a minha predileta.

04: The Spirit Of Radio
Um perfeito rock de arena

05: Limelight
O riff, a melodia, a letra, o solo de guitarra... tudo me agrada.

SLAYER
01: Angel Of Death
Talvez por uma questão geracional, fato é que não sou grande entusiasta dos primeiros álbuns do Slayer. Entendo a influência e acho as composições bacanas, mas nada mais que isso. Por outro lado, Reign In Blood é um dos discos da minha vida. Basta ouvir a primeira nota de "Angel Of Death" para meu corpo receber doses extras de adrenalina. Além do que, que outra banda teria a delicadeza de começar um álbum com a frase "Auschwitz, o significado da dor, a maneira que eu quero que vocês morram"?

02: Piece By Piece 
O que fazer após abrir o disco com uma faixa tão desgraçadamente feroz? Uma sequência tão arrasadora quanto.

03: Criminally Insane
Sempre que sento numa bateria é essa introdução que eu "toco".

04: War Ensemble
Uma das gravações mais viscerais que já ouvi. Fora que sempre me remete ao show do Slayer em que fui, onde o som do PA deu pane bem no meio da execução. Resultado: uma plateia ensandecida berrando o refrão acompanhada somente da bateria do Lombardo. Sensacional!

05: Disciple
Marcou minha adolescência. Gosto da letra.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

ACHADOS DA SEMANA: Brutal Truth, Diana Ross e Lonnie Donegan

BRUTAL TRUTH
Tempos atrás vi um post interessante (que infelizmente não consegui achar) abordando algumas inovações do álbum Extreme Conditions Demand Extreme Responses (1992) para o metal extremo. Confesso que via audição não consegui detectar tais inovações, embora tenha achado o disco muito bom.

DIANA ROSS
Lendo a biografia do Nile Rodgers cheguei ao ótimo disco Diana (1980) da Diana Ross. "I'm Coming Out" tem uma das melhores gravações de guitarra base que já ouvi. E o que dizer das viradas de batera na introdução? Absurdo!

LONNIE DONEGAN
Apesar de saber da influência do Lonnie Donegan para o britpop 60's, confesso que nunca tinha escutado nada dele, muito menos de outro artista de skiffle. Quitei essa dívida com uma coletânea e tive uma tarde agradável.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

TEM QUE OUVIR: The Supremes - Where Did Our Love Go (1964)

Dentre tantos fenômenos da música pop, um sempre me pareceu pouco valorizado. Me refiro as girl groups, grupos vocais femininos surgidos na primeira metade da década de 1960, que moldaram grande parte da música pop americana com suas melodias graciosas e produções grandiosas. Dentre diversos grupos deste período (coloque neste pacote The Ronettes, The Shangri-las e The Crystals), as Supremes sempre foram um destaque à parte.


Numa época em que o mercado musical era abastecido basicamente por singles (vendidos em compactos), Where Did Our Love Go se revela uma obra completa. Ponto positivo para a Motown.

Logo de cara, uma sequência de hits maravilhosos: a cinematográfica "Where Did Our Love Go", a frenética (culpa do entorpecido piano) "Run, Run, Run" e a clássica "Baby Love". O clima adorável rodeia também "Come See About Me".

A poderosa Diana Ross domina a divertida "When The Lovelight Starts Shining Throught His Eyes". Já em "Long Gone Lover" e "A Breathtaking Guy" é a qualidade composicional do Smokey Robinson que salta aos ouvidos.

Dos Rolling Stones ao Jay-Z, passando por Cramps, Nile Rodgers, Jesus And Mary Chain, Amy Winehouse e os Ramones, não teve quem passou batido diante das Supremes. Eis um documental fundamental da música pop.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

RETROSPECTIVA 2017: Lançamentos (Incluindo os MELHORES DISCOS DO ANO)

Mais um ano se passou e mais uma lista que ninguém pediu dá as caras. É hora do País do Baurets expor sua seleção de melhores discos de 2017.

Reconheço que citar mais de 100 discos de um único ano é exagero, ainda mais nos tempos atuais em que tudo parece ser tão descartável (não enquanto obra, mas enquanto hábito de escutar um disco). Todavia, não deixaria de postar algo bacana só para me enquadrar num número pré estabelecido.
Apesar da grande quantidade de álbuns, fiz descrições (não são criticas, muito menos resenhas, são descrições) curtinhas dos discos, justamente por entender que, embora as pessoas tenham sede de conhecimento, nem todos tem tempo/interesse/prazer de ouvir todos os lançamentos um a um, muito menos de ler a minha irrelevante opinião sobre tais obras. 

Mesmo assim tá ai, o trabalho sujo está feito. Com direito a uma faixa destaque de cada disco para os mais preguiçosos (exceto nos "MELHORES DISCOS DO ANO", ao menos esses escutem inteiro).

Mais que uma crítica, esse post é um apoio para quem quer caçar uma novidade (e um HD externo para mim mesmo catalogar minhas audições/preferências).

Separei tudo em ordem alfabética. Nacionais e internacionais, tudo misturado. Sem pódio de chegada ou beijo de namorada. Acho que assim fica mais fácil para procurar algum lançamento específico. 


MELHORES DISCOS DO ANO (SEGUNDO EU MESMO)
Cotação: 8-10

- Big K.R.I.T.: 4eva Is A Mighty Long Time 
É comum ao ouvir um disco de rap se atentar a produção, beats, flow e letras. Aqui tudo isso é fantástico, mas com potencial elevado dada a excelência das composições como um todo. As canções tem ótimas melodias, performances apaixonantes, timbres orgânicos e climas variados que constroem uma obra grandiosa. Disco duplo e, incrivelmente, sem encheção de linguiça. Isso tudo com uma veia pop, se apropriando até mesmo do famigerado trap, só que com inserções profundas de R&B. Majestoso!

- Cameron Graves: Planetary Prince
O jazz respira! Disco flutuante de um pianista virtuoso, que distribui melodias interessantes sob ritmos complexos. Para "piorar", ele compartilha ótimos solos com caras do nível do Thundercat e Kamasi Washington. Excelente!

- Dälek: Endangered Philosophies 
Embora de cara não tenha entendido nada, logo caiu no meu gosto. O estranhamento inicial se deu por um simples motivo: não sabia que o shoegaze tinha chegado ao hip hop. Por mais absurdo que possa ser, é a isso que me remeteu o paredão sonoro e recheado por delays e reverbs, criando climas densos para beats old school de rap. Bastou essa produção para conquistar o posto de um dos melhores discos do ano. Não se deixe levar pela capa péssima.

- Daniel Caesar: Freudian 
Disco de estreia de um cantor talentoso, que investe num R&B melodioso, de alcance pop e produção moderna, mas sem abrir mão das boas composições características do estilo. Tudo muito bem tocado, produzido e arranjado. Tem harmonias elaboradas que muito tem a ensinar ao pop atual. Fora as ótimas linhas de baixo. Syd e BadBadNotGood dão as caras.

- Descartes A Kant: Victims Of Love Propaganda 
Banda mexicana que tem na linha de frente garotas irradiantes. Daquelas doideras sem gênero especifico. Só para tentar localizar, é algo entre o pop (mais no apelo melódico dos refrões), hardcore, noise e a no wave. Mas a loucura sônica não seria suficiente se as composições não falassem por si só e a execução não fosse vigorosa/primorosa. Diante desses fatores é que se revelou a excelência da banda.

- Foxygen: Hang 
Talvez o melhor disco do duo! Art rock com belos arranjos orquestrados, remetendo a David Bowie e ELO. Isso não é pouca coisa. Saiu no começo do ano e pouca gente lembrou em suas listas finais. Uma pena. É pop e é fino.

- Father John Misty: Pure Comedy 
Sabe os discos clássicos gravados pelo Elton John na década de 1970? Pois então, esse álbum bate de frente com qualquer um deles. Belas composições, melodiosas, donas de letras sagazes e performance apaixonada, trazendo influências desde a música folk até o chamber pop. Tudo brilhantemente arranjado e produzido. Saiu pela Sub Pop. Impecável.

- Hermeto Pascoal & Big Band: Natureza Universal 
O projeto por si só já é maravilhoso. Uma privilégio poder ouvir o Hermeto compondo para uma big band. Tudo caprichosamente gravado. Melhor ainda é perceber sua inquietação ao pegar um formato tão tradicional e inserir elementos pontualmente vanguardistas. O disco é uma prova do talento irradiante do Hermeto.

- Idylls: The Barn 
"Vish Maria!", essa é expressão que me veio a mente a cada faixa. O som do grupo é uma mistura virulenta de hardcore, noise rock e free jazz (com direito a sax). Mas na verdade, não dá para se deixar levar por gêneros. A mistura de estilos aqui não faz tanta diferença. Sequer as insanas composições. Absurda mesmo é a execução, tão técnica quanto corrosiva. A banda é um trem desgovernado e o ouvinte um suicida querendo bater de frente.

- King Gizzard & The Lizard Wizard: Polygondwanaland 
Embora seja o menos "inventivo" dentre os cinco (!!!) discos lançado pelo grupo neste ano, esse é o que mais me agradou. Talvez por ter um direcionamento mais progressivo ao já conhecido clima psicodélico/garageiro da banda. Em certos momentos até lembrei do Gentle Giant. Mas não se engane, o clima viajante ainda é o que predomina. Ótimas composições e performances transpirantes.

- Matthew Stevens: Preverbal 
Até então só conhecia esse guitarrista por ele ter acompanhado a grande Esperanza Spalding. Em seu disco solo, ele alcançou um fusion moderno (quase post-rock), com impecáveis passagens de guitarra (timbres maravilhosos, harmonias dissonantes, frases peculiares), numa produção bastante orgânica, que ressalta a qualidade das composições. Muito bom! O único ressalvo é que tende a ficar restrito a um nicho.

- Miles Mosley: UPRISING 
Talentoso contrabaixista que já apareceu em trabalhos do Kamasi Washington e Kendrick Lamar, aqui num álbum de essência pop, com muita influência do R&B atual e da soul music antiga, mas sem soar pastiche. Tudo muito bem tocado, arranjado e com timbres orgânicos que muito me agradam. Discão!

- Moon Duo: Occult Architecture Vol. 1 e Vol. 2 
Uma pequena trapaça. Dois discos, lançado num intervalo de poucos meses, mas que podem ser entendidos como um único trabalho. É verdade que o primeiro é um pouco mais dark, enquanto o segundo mais delirante, mas ambos trazem uma mistura cósmica do motorik típico do krautrock com as guitarras barulhentas derivadas do Jesus And Mary Chain. É o suficiente para eu adorar.

- Oh Sees: Orc 
Não se enganem, é o velho Thee Oh Sees, agora rebatizado. E na já não tão nova neo-psicodelia, eles continuam reinando. Aquela já conhecida fusão do rock alternativo com space rock agora ganhou toques quase de hard rock. Ótimas composições, tocadas com personalidade. A produção não recorrer a timbres caricatos também muito me agrada. Com uma banda dessas em atividade (e lançando tantos discos) é inadmissível alguém ainda se enganar com o Tame Impala.

- Oiseuax-Tempête: Al-'An! 
Irrotulável. Numa mistura de post-metal, free jazz e drone, além de melodias com toques orientais, esse grupo francês promove verdadeiras sinfonias elétricas. É tudo muito denso e contemplativo. Eis talvez a post-music. Fantástico!

- Oxbow: Thin Black Duke 
Após dez anos sem um disco de inéditas, essa banda já cultuada por suas estranhices volta mais madura, fazendo uso de arranjos pouco convencionais e trazendo uma modernidade composicional até mesmo difícil de descrever. Brilhantemente surpreendente.

- Primitive Man: Caustic 
Nada soou mais desgraçado esse ano! black metal moderno com cadência de doom em canções que mais parecem épicos do inferno. A produção é robusta e o vocalista parece abortar pelo cu a cada berro. Achou grosseiro? Sonoramente é mais ainda.

- Protomartyr: Relatives In Descent
Trazendo elementos do pós-punk, o disco soa exuberante em seus ritmos estranhos, melodias dissonantes e, principalmente, nas letras surreais, que são mais recitadas do que propriamente cantadas. Denso e consistente.

- Shannon Wright: Division 
De onde saiu essa moça? Disco cinematográfico, de variação climática, que passeia por motivos densos e sombrios, com guitarras cacofônicas e letras consistentes. Ótima descoberta. Estranhamente passou despercebido.

- Tyler, The Creator: Flower Boy 
Quando o assunto é rap, sou um tanto quanto conservador. Com raras exceções, gosto somente de beats pesados e interferência do R&B exclusiva dos samples. Todavia, o jovem Tyler - de discografia irregular, mas que acertava até então justamente nas faixas mais eufóricas -, fez tudo o que, no papel, não gosto. Mas deu muito certo. Ele diminui a intensidade e deu mais espaço para as canções. A produção se mostrou criativa, mas sem invencionismo superficial. São belas bases, inspiradas melodias e flow maduro. Surpreendentemente excelente. 

- Ulver: The Assassination Of Julius Caesar
Um pop denso, com muito dark ambient, que traz uma atmosfera urbana e apaixonada para as canções. Tem um traço de Depeche Mode. Produção muito boa. Interessante analisar o caminho que essa excelente banda trilhou.

- Yazz Ahmed: La Saboutese 
Essa talentosa e jovem trompetista resgata o lado mais espiritual e sublime no jazz em composições ousadas, mas sem recorrer a recursos gritantes que mais distanciam os ouvintes do que agregam valor a obra. Incursões pela música árabe, muita influência do Miles Davis e a riqueza de arranjos que fazem a ponta do mundo sonoro externo com a alma. Lindo.

ABAIXO ESTÁ O BOJO DA LISTA. SÃO OS ÁLBUNS QUE OUVI PARA CHEGAR AOS MEUS PREDILETOS. CLIQUE NO MAIS INFORMAÇÕES CASO SE INTERESSAR. 

SEPAREI ENTRE "BONS" (6-8), "MEDIANOS" (4-6) E "RUINS" (0-4).

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

RETROSPECTIVA 2017: Mortes

Chegou a hora de relembrarmos quem nos deixou em 2017.

Jaki Liebezeit 
Baterista do Can. Grande responsável pela popularização do ritmo"motorik".

Holger Czukay
Baixista e produtor do Can. Um dos mais talentosos músicos do krautrock.

John Wetton
Baixista e vocalista com passagem pelo King Crimson, Asia, Uriah Heep, Wishbone Ash, Roxy Music, Brian Eno, Family, U.K. e tantos outros grupos.

David Axelrod 
Produtor e compositor responsável pela cultuada obra Song Of Experience.

Al Jarreau 
Cantor americano que percorreu pelo pop, jazz e R&B.

Larry Coryell 
Um dos percursores da guitarra fusion.

James Cotton
Um dos maiores gaitistas de todos os tempos. Lenda do blues.

Chuck Berry
Lenda do rock. Um dos mais influentes compositores e guitarristas da história.

Allan Holdsworth 
Ícone da guitarra fusion. Tocou no Soft Machine, Gong, Tempest, U.K, além de ter acompanhado Bill Bruford, Jean-Luc Ponty e Tony Williams.

J. Geils 
Líder da J. Geils Band.

Belchior 
Um dos maiores compositores da música popular brasileira.

Chris Cornell 
Vocalista do Soundgarden, Temple Of The Dog e Audioslave. Figura importante do grunge.

Kid Vinil 
Agitador cultural, radialista, diretor de gravadora, DJ, apresentador de TV e vocalista de bandas como Verminose, Magazine e Heróis do Brasil.

Butch Trucks 
Baterista fundador da Allman Brothers Band.

Gregg Allman 
Líder, fundador, tecladista e vocalista da Allman Brothers Band.

Pierre Henry 
Compositor francês pioneiro da música eletroacústica.

Luiz Melodia 
Espetacular compositor e cantor brasileiro.

Glen Campbell 
Guitarrista lendário e ícone da música americana.

John Abercrombie 
Importante guitarrista de jazz.

Wilson das Neves 
Ícone do samba e da bateria brasileira.

Walter Becker
Multi-instrumentista, compositor e co-fundador do Steely Dan.

Grant Hart
Baterista, vocalista e compositor do Hüsker Dü.

Charles Bradley
Talentoso cantor de soul music que despontou há poucos anos.

Tom Petty 
Compositor, cantor, guitarrista, bandleader e um dos maiores nomes do rock americano.

Fats Domino 
Pioneiro e lenda do rock n' roll.

Malcolm Young 
Formador, compositor e guitarrista do AC/DC.

- Dave Franklin (Vocalista da banda de hardcore Visions).
- Nat Hentoff (Um dos maiores jornalistas do jazz).
- Larry Steinbachek (Tecladista do Bronski Beat).
- Loalwa Braz (Cantora do grupo de lambada Kaoma).
- William Onyeabor (Músico nigeriano icônico para a história do funk).
- Mike Kellie (Baterista fundador do Spooky Tooth).
- Maggie Roche (Um terço do trio vocal feminino The Roches).
- Pete Overend (Baixista do Mott The Hoople).
- Dake Leonard (Guitarrista que passou por grupos como Man e Iceberg).
- Geoff Nicholls (Tecladista do Quartz. Chegou a acompanhar o Black Sabbath).
- Mick Hawksworth (Baixista que passou pelo Andromeda, Fuzzy Duck, Ten Years Later, dentre outros grupos).
- Robert "Strängen" Dahlqvist (Guitarrista da banda The Hellacopters).
- Marc Spitz (Jornalista musical que colaborou com a Spin e Rolling Stone).
- Orlandivo (Ícone do sambalanço).
- Svend Asmussen (Violinista dinamarquês).
- Trish  Doan (Baixista da Kittie).
- Tibério Gaspar (Compositor de alguns clássicos de Wilson Simonal).
- Clyde Stubblefield (Baterista que acompanhou o James Brown. Conhecido por ser o baterista mais sampleado da história).
- Chico Evangelista (Pioneiro do reggae no Brasil).
- Peter Skellern (Compositor e pianista que trabalhou com inúmeros artistas. Fez na década de 1980 parte de uma banda chamada Oasis).
- Rick Chavez (Fundador, guitarrista e vocalista da banda Drive).
- Leon Ware (Produtor e compositor que trabalhou com Quincy Jones, Marvin Gaye, Michael Jackson e outros)
- Alex "Don KB" Cecci (DJ e importante divulgador da black music brasileira).
- Tommry Page (Cantor pop americano que fez sucesso com a música "I'll Be Your Everything").
- Ric Marlow (Compositor conhecido pela canção "A Taste Of Honey").
- Fred Weintraub (Proprietário original do Bitter End do Greenwich Village, clube por onde passou nomes como Neil Young, Bob Dylan, Neil Diamond, Frank Zappa, Stevie Wonder, Joni Mitchell e tantos outros).
- Georges Prêtre (Veterano maestro francês).
- Joni Sledge (Cantora do Sister Sledge, grupo de enorme sucesso da disco music).
- Joey Alves (Guitarrista original do Y&T).
- John Lever (Baterista do The Chameleons).
- Sib Hashian (Baterista do Boston. Morreu no palco).
- Loonie Brooks (Guitarrista veterano de blues).
- Ikutaro Kekehashi (Fundador da Roland).
- Johnny Hansen (Importante músico santista. Fundador da banda Harry. Fez parte do Vulcano).
- Rosie Hamlin (Cantora do hit "Angel Baby").
- Toby Smith (Tecladista original do Jamiroquai).
- Diógenes Burani (Baterista que passou pelo Moto Pepértuo e O Bando).
- Tom Coyne (Um dos maiores engenheiros de masterização do mundo).
- Matt Holt (Vocalista do Nothingface).
- Jerry Adriani (Ídolo da jovem guarda).
- Col. Bruce Hampton (Figura especial do rock americano).
- Paul O'Neil (Compositor e produtor que trabalhou com Savatage e Trans-Siberian Orchestra).
- Kevin Garcia (Baixista da banda Grandaddy).
- Almir Guineto (Sambista fundador do Fundo de Quintal).
- Robert Miles (Produtor de trance).
- C'el Revuelta (Baixista que passou pelo Black Flag).
- Mario Maglieri (Empresário e promotor de eventos dono de casas como Rainbow Bar e Whiski A Go Go).
- Keith Mitchell (Baterista do Mazzy Star).
- Marcio Proença (Cantor e compositor gravado por Nana Caymmi, Alcione, Beth Carvalho e tantos outros).
- Barros de Alencar (Cantor, compositor e radialista).
- Zé da Estrada (Ícone da música sertaneja).
- Karl Hummel (Guitarrista do Camisa de Vênus).
- Anita Pallenberg (Atriz e modelo italiana que, entre namoro com os integrantes dos Rolling Stones, acabou contribuindo para a história do grupo).
- Gira (Percussionista fundador da Nação Zumbi).
- Pirulito (Percussionista que tocou com Alcione, Beth Carvalho, Djavan, Ed Motta e tantos outros).
- Prodigy (Importante rapper do grupo Mobb Deep).
- Dave Rosser (Guitarrista do Afghan Whigs).
- Geri Allen (Talentosa pianista, compositora e educadora que fez a ponte do jazz com a música erudita).
- Phil Cohran (Importante trompetista que chegou a tocar no grupo do Sun Ra).
- Clóvis Ibañes (Fabricante de baquetas de bateria Cibanez).
- William Lee (Guitarrista e cantor que chamou atenção com seus vídeos tocando pelas ruas).
- John Blackwell (Espetacular baterista que acompanhava o Prince).
- Fresh Kid Ice (Rapper integrante do 2 Live Crew).
- David Z. (Baixista do Adrenaline Mob).
- Bill Collings (Mentor da Collings Guitars And Mandolins).
- Chester Bennington (Vocalista do Linkin Park).
- Barbara Weldens (Jovem cantora francesa. Morreu eletrocutada no palco).
- Jeanne Moreau (Atriz e cantora francesa).
- João Kurt (Vocalista do Terreno Baldio e figura conhecida da noite paulistana).
- Marián Varga (Músico eslovaco que participou dos grupos Prúdy e Collegium Musicum).
- Paul Oliver (Historiador e escritor especialista em blues e música afro-americana).
- Paulo Silvino (Comediante brasileiro. Na década de 1950 fez parte de uma das primeiras bandas de rock do Brasil, Os Terríveis, ao lado do Carlos Imperial).
- Sonny Burgess (Guitarrista pioneiro do rockabilly).
- Ricardo Aronne (Figura importante do rock gaúcho).
- David Hlubeck (Guitarrista co-fundador do Molly Hatchet).
- Mateus Pagalidis (Promotor de eventos de Cabo Frio conhecido na cena alternativa).
- Jessi Zazu (Jovem vocalista do Those Darlins).
- Laudir de Oliveira (Percussionista brasileiro que tocou com inúmeros artistas, inclusive internacionais).
- Ammon Tharp (Vocalista e baterista do Bill Deal And The Rhondels).
- Nilton Wood (Baixista e professor brasileiro).
- CeDell Davis (Veterano bluesman que ficou conhecido por tocar slide guitar usando talheres).
- Sérgio Sá (Instrumentista, compositor e arranjados que trabalhos com Joelho de Porco, Tim Maia, Antônio Marcos, dentre outros).
- Johnny Sandlin (Engenheiro de som que trabalhou com a Allman Brothers Band).
- Mike Carr (Pianista e vibrafonista de jazz).
- Bunny Sigler (Compositor e cantor americano de R&B. Um dos responsáveis pelo Philly Sound).
- Troy Gentry (Estrela da música pop country americana).
- Virgil Howe (Filho do guitarrista Steve Howe e parceiro dele em muitos projetos).
- Gord Downie (Vocalista da cultuada banda canadense The Tragically Hip).
- Daisy Berkowitz (Guitarrista da fase inicial do Marilyn Manson).
- Martin Eric Ain (Baixista do Celtic Frost e Hellhammer).
- George Young (Guitarrista do Easybeats e irmão dos Youngs do AC/DC, tendo chegado a produzir a banda).
- Keith Wilder (Cantor da música "Always And Forever").
- Scott Willey (Vocalista do Vital Remains).
- Paul Buckmaster (Requisitado arranjador).
- Rodrigo BV (Vocalista importante da cena santista que passou por diversos grupos).
- Fred Cole (Figura importante do rock alternativo. Fez parte de grupos como The Lollipop Shoppe e Dead Moon).
- Whitey Glan (Baterista que tocou com Alice Cooper e Lou Reed).
- Gamarra (Jovem sambista do grupo Galocantô).
- Chuck Mosley (Vocalista original do Faith No More).
- Lil Peep (Jovem rapper que vinha despontando com sua fusão de trap com emo).
- Charles Manson (Famoso serial killer que tornou-se icone da contracultural e influenciou a temática de diversas músicas. Fora que ele tem músicas gravadas e até mesmo uma polêmica envolto a composição de "Helter Skelter").
- Dik Mik (Tecladista do Hawkwind).
- Mel Tillis (Lenda da música country).
- David Cassidy (Cantor e ator americano que fez parte da Família Dó-Ré-Mi).
- Jon Hendricks (Cantor americano de jazz. Um dos primeiros a fazer vocalização de partes instrumentais).
- Wayne Cochran (Cantor de soul conhecido por sua postura espalhafatosa. Era chamado de "O Cavaleiro Branco do Soul").
- B.Boy Banks Back Spin (B.Boy importante do cenário nacional do hip hop).
- George Avakian (Produtor de Jazz que trabalhou com nomes como Miles Davis e Louis Armstrong).
- Zé Pedro (Guitarristas do Xutos e Pontapés. Figura importante do rock em Portugal).
- Cherry (Guitarrista e vocalista importante da cena underground brasileira que fez parte de grupos como Okotô e Nervochaos).
- Johnny Hallyday (Cantor conhecido como o "Elvis" francês. Um ícone do país).
- Sunny Murray (Baterista pioneiro do free jazz).
- Luiz Carlos Maciel (Jornalista importante para a contracultura brasileira. Foi editor da primeira versão da revista Rolling Stone brasileira).
- Warrel Dane (Vocalista do Nevermore e Sanctuary).
- Ayrton Gomes (Baixista embaixador do samba e choro em Santos).
- Pat DiNizio (Vocalista e guitarrista do The Smithereens).
- Álvaro Assmar (Um dos mais importantes guitarrista do Brasil).
- Ralph Carney (Saxofonista que colaborou em trabalhos do Tom Waitts, B-52's, Black Keys, St. Vincent, dentre outros).
- Ángel Parra (Músico chileno filho da Violeta Parra).
- Kim Jong-Hyun (Jovem líder do grupo de k-pop, SHINee).
- Mário Linhares (Figura importante do metal nacional. Fez parte do Dark Avenger).
- Robbie Malinga (Importante músico sul-africano).
- Francisco de Andrade Braga (Violonista mineiro que influencio muitos dos artistas do Clube da Esquina).