terça-feira, 3 de outubro de 2017

TEM QUE OUVIR: Tom Petty And The Heartbreakers - Damn The Torpedoes (1979)

Desde o lançamento do primeiro trabalho, Tom Petty é um fenômeno popular (verdade seja dita, primeiramente na Europa, só depois nos EUA, mas nunca no Brasil). Ele rejuvenesceu a forma do country rock do Byrds, deixando mais digerível e pop, embora sem abrir mão do protagonismo das composições. Seu som é o perfeito heartland rock feito para a classe trabalhadora americana.


Em 1979 - auge do punk rock, new wave e disco music -, o som ligado as raízes do EUA presente em seu terceiro álbum, o aclamado Damn The Porpedoes, sacramentou sua carreira para todo o sempre. Vale lembrar que o disco foi produzido por um ainda jovem Jimmy Lovine.

A abertura com a clássica "Refugee" é a definição máxima do rock de arena. Já o hit "Here Comes My Girl" é uma entre tantas amostras dos refrães poderosos que Tom Petty criava com sua voz anasalada.

Seria injusto não citar sua azeitada banda de apoio, The Heartbreakers, com destaque para seu fiel escudeiro, o guitarrista Mike Campbell, artesão dos timbres vintages, dono de bases enormes e solos energéticos, vide "Even The Losers". Já quem ataca o baixo em "You Tell Me" é o lendário Donald "Duck" Dunn.

O disco prossegue com a espetacular/divertida "Shadow Of A Doubt (A Complex Kid"), a rockeira "Century City" e a radiofônica "Don't Do Me Like That", com direito a ótimas passagens de teclado do Benmont Tench.

Tem quem acuse Tom Petty de ser uma cópia sem graça do Bob Dylan - acho difícil uma mera cópia reunir parceiros como George Harrison, Roy Orbison, Jeff Lynne e o próprio Dylan -, esquecendo dos muitos que se dizem influenciados por ele, vide Jeff Tweddy, Tom Morello e os Strokes.

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