Liderado pelo vocalista Demis Roussos e com o trabalho celestial do multi-instrumentista Vangelis Papathanassiou - que depois ficou conhecido por suas trilhas sonoras, vide Blade Runner (1982), além de trabalhos de new age -, o grupo faz uma adaptação para o Apocalipse de João. Tal empreitada durou mais de 18 meses em estúdio e rendeu esse álbum duplo.
Se o começo com "Babylon" é empolgante (ótima linha de baixo!), a coisa só se agrava na espetacular "The Four Horsemen", dona de vocais singulares e a grandiosa bateria de Loukas Sideras.
A instrumental "The Lamb" é um ode progressivo sem comparativo. O mesmo vale para a linda "Aegian Sea", de profundidade sonora enlouquecedora, além de belíssimo solo de guitarra com doses nada moderadas de psicodelia .
No segundo disco, o delírio de "Altamont" é condizente com a época. Já a paranoica "The Wedding Of The Lamb" é o que aconteceria se a cena krautrock fosse grega.
Não dá para passar indiferente diante do orgasmo da atriz Irene Papas em "∞", capaz de deixar Jane Birkin com inveja. Tudo para desaguar no épico cacofônico "All The Seats Were Occupied". Finalizando solenemente, a balada "Break".
Esse sui generis disco é hoje um clássico, sendo considerado pela revista Record Collector o melhor do selo Vertigo. Verdade ou não, eis o juízo final definitivo da história da música.
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