quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

RETROSPECTIVA 2016: Mortes

Se tem algo que deixou muita gente impressionada é a quantidade de personalidades talentosas que morreram neste ano de 2016. O pior é saber que a tendência é piorar. 

Fica aqui uma singela homenagem.

Pierre Boulez
Um dos mais importantes compositores e maestros do século XX. Artista desbravador.

David Bowie
Dispensa apresentações.

Glenn Frey
Fundador, vocalista e guitarrista do Eagles.

George Martin
Lendário produtor, maestro e arranjador. Trabalhou com os Beatles (onde ficou conhecido como o quinto beatle), além de Jeff Beck, Cheap Trick, UFO, dentre outros.

Naná Vasconcelos
Um dos maiores percussionistas do mundo.

Keith Emerson
Tecladista do Emerson, Lake & Palmer e um dos maiores nomes no instrumento. Símbolo do rock progressivo.

Greg Lake
Vocalista, baixista e violonista ícone do rock progressivo. Fez parte do King Crimson, Emerson Lake & Palmer, Asia, dentre outros grupos.

Marle Haggard
Ícone da música country americana.

Prince
Artista completo. Um dos maiores nomes da música POP. 

Bernie Worrell
Tecladista do Parliament-Funkadelic. Chegou a participar do Talking Heads.

Scotty Moore
Guitarrista influente. Responsável pelas primeiras gravações do Elvis Presley.

Alan Vega
Lenda do punk rock. Vocalista do Suicide.

Bobby Hutcherson
Um dos mais aclamados vibrafonistas e marimbistas da história.

Toots Thielemans
Guitarrista, gaitista e até mesmo assobiador lendário do jazz.

Leonard Cohen
Cantor e compositor canadense. Um dos grandes letristas da história.

Leon Russell
Pianista que acompanhou inúmeros artistas. Dono de uma carreira solo consistente.

Sharon Jones
Ícone recente da soul music. Cantora impecável.

Rick Parfitt
Guitarrista e vocalista do Status Quo.

Rudy Van Gelder
Lendário engenheiro de áudio que trabalhou em diversos álbuns clássicos de jazz.

George Michael
Ícone da música POP.

- Lester Paul (Guitarrista filho do icônico Les Paul).
- Paul Bley (Pianista de jazz responsável pela inclusão do sintetizador no estilo).
- Michel Delpech (Cantor francês que fez sucesso na década de 1960).
- Gilberto Mendes (Compositor e regente brasileiro).
- Natalie Cole (Cantora de jazz, filha de Nat King Cole).
- Otis Clay (Ícone da soul music e do blues de Chicago).
- Dale "Buffin" Griffin (Baterista do Mott The Hoople).
- Jason Mackenroth (Baterista da Rollins Band).
- Jimmy Bain (Baixista da formação original do Rainbow e da banda Dio).
- Black (Autor do sucesso "Wonderful Life").
- Paul Kantner (Guitarrista fundador do Jefferson Airplane).
- Signe Anderson (Primeira vocalista do Jefferson Airplane).
- Maurice White (Vocalista e fundador do Earth, Wind & Fire).
- Dan Hicks (Talentoso guitarrista que fez parte do Charlatans).
- Yusef Lateef (Músico mestre dos sopros na linguagem jazz).
- Vanity (Cantora e dançarina canadense).
- Severino Filho (Integrante do grupo Os Cariocas).
- John Thomas (Guitarrista do Budgie).
- Nikolaus Harnoncourt (Regente austríaco).
- Eduardo "Jó" Josino (Percussionista que fez parte da banda do Caetano Veloso).
- Jimmie Haskell (Compositor americano).
- Aaron Huffman (Baixista do Harvey Danger).
- Robert Stigwood (Produtor de musicais).
- Nik Green (Tecladista do Blues Murder).
- Serena (Ótima cantora. Filha do Itamar Assumpção).
- Joe Skyward (Baixista que fez parte do Sunny Day Real Estate).
- Marcus Rampazzo (Guitarrista, produtor e conhecido fã de Beatles e equipamentos antigos).
- Vi Subversa (Vocalista da banda anarcopunk, Poison Girls).
- Gato Barbieri (Premiado saxofonista argentino).
- Phife Dawg (Rapper membro do A Tribe Called Quest).
- Jimmie Van Zant (Cantor americano).
- Dennis Davis (Baterista espetacular que gravou grandes discos do David Bowie).
- Rogério Duarte (Artista plastico autor de diversas capas tropicalistas).
- Richard Lyons (Membro do Negativland. Importante figura da música experimental).
- Lonnie Mack (Guitarrista americano extremamente influente).
- Papa Wemba (Músico congolês).
- Billy Paul (Cantor lendário da soul music americana)
- Fernando Faro (Jornalista musical e apresentador da TV Cultura).
- Christian Petermann (Ótimo crítico de cinema que indiretamente me inspirou a começar a escrever sobre música).
- Vespasiano Ayala, o Paraguaio (Técnico de som que trabalhou com inúmeros artistas do rock nacional).
- Isao Tomita (Desbravador dos sintetizadores)
- João Palma (Baterista que tocou com Tom Jobim, Frank Sinatra e Sergio Mendes).
- John Stabb (Vocalista do Government Issue).
- Cauby Peixoto (Uma das vozes mais singulares da música brasileira).
- Guy Clark (Músico veterano de country music).
- Jane Little (Baixista que ficou durante 70 anos a frente da Orquestra Sinfônica de Atlanta).
- Adrian J. Guerra (Baterista do Bell Witch).
- John Berry (Integrante fundador presente no começo do Beastie Boys).
- Nick Menza (Baterista da fase clássica do Megadeth).
- Papete (Compositor e percussionista maranhense).
- Mario Sergio (Cantor do Fundo de Quintal).
- Thomas Fekete (Guitarrista do Surfer Blood).
- Manoel Ferreira (Compositor de marchinhas carnavalescas).
- Brandon Ferrel (Fundador do Municipal Waste).
- Marshall "Rock" Jones (Baixista do Ohio Players).
- Dave Swarbrick (Compositor e multi-instrumentista do Fairport Convention).
- Henry McCullough (Guitarrista do Wings e da banda do Joe Cocker).
- Prince Be (Membro do duo de hip hop P.M. Dawn).
- Wayne Jackson (Músico de Memphis que fez parte da Stax e que tocou com inúmeros artistas).
- Ralph Stanley (Veterano da música americana. Ícone do bluegrass).
- Bárbara Reis (Jovem cantora que fez parte do grupo do Liniker).
- Mack Rice (Veterano cantor de soul music).
- Rob Wasserman (Baixista que tocou com Lou Reed, Van Morrison, Elvis Costelo, dentre outros).
- Lidoka Martuscelli (Integrante das Frenéticas).
- Sandy Pearlman (Produtor muito associado ao Blue Oyster Cult, mas que trabalho também com The Clash, Black Sabbath, dentre outros).
- Brian Rading (Fundador e baixista do Five Man Electrical Band).
- Roye Albrighton (Guitarrista e vocalista da banda Nektar).
- Vander Lee (Cantor e compositor mineiro).
- Luiz de Boni (Tecladista que fez parte d'O Terço).
- Gary Watson (Jovem líder da banda The Lapelles).
- James Woolley (Tecladista que integrou o Nine Inch Nails).
- Thoman Bielefeld (Vocalista e tecladista do Azul 29).
- Matt Roberts (Guitarrista do 3 Doors Down).
- Joe Jeffrey (Líder do Joe Jeffrey Group).
- Fernando Souza (Baixista que tocou com vários artistas da música brasileira).
- Lou Pearlman (Empresário conhecido por criar boy bands como Backstreet Boys e N'Sync).
- Pecu Cinnari (Baterista do Tarot).
- Leonard Haze (Baterista do Y&T).
- Jerry Corbeta (Vocalista fundador do Sugarloaf).
- Wagner Giudice (Vocalista de uma das primeiras bandas de heavy metal do Brasil, o Abutre).
- Peninha (Percussionista do Barão Vermelho).
- Rod Temperton (Espetacular compositor que trabalhou, dentre outros, com o Michael Jackson).
- Phil Chess (Cofundador da lendária Chess Records).
- Ryo Fukui (Pianista japonês virtuoso de jazz).
- Pete Burns (Vocalista do Dead Or Alive).
- Bobby Vee (Cantor pop que fez enorme sucesso na década de 1960).
- José Rozenblit (Fundador da gravadora Rozenblit, que lançou Tom Zé, Lula Côrtes, Flaviola, Zé Ramalho, dentre outros).
- Curly Putman (Compositor de "Green, Green Grass Of Home").
- Eddie Harsch (Tecladista do Black Crowes. Tocou com outros artistas).
- Jean-Jacques Perrey (Compositor pioneiro da música eletrônica).
- Richard Steiner (Produtor da Broadway).
- Victor Bailey (Baixista virtuoso de fusion).
- Mose Allison (Veterano pianista de blues e jazz. Autor da clássica "Young Man Blues").
- Holly Dunn (Cantora e compositora).
- Michael Bell (Integrante do duo Lymbyc Systym).
- Craig Gill (Baterista do Inspiral Carpets).
- Jean-Cluade Risset (Pioneiro da música eletrônica).
- Roberto Corrêa (Integrante da banda Golden Boys).
- Pauline Olieros (Transgressor e influente compositor).
- Adam Sagan (Jovem baterista que participou de inúmeras bandas de heavy metal).
- Roberto Lly (Baixista do Herva Doce).
- Damião Experiença (Artista de música experimental que ganhou prestigio cult nos últimos tempos).
- Mick Zane (Membro fundador do Malice).
- Alphonse Mouzon (Baterista influente. Fez parte do Weather Report).
- Pierre Barouh (Compositor francês).
- Debbie Reynolds (Atriz, cantora e dançarina).

sábado, 24 de dezembro de 2016

RETROSPECTIVA 2016: Shows do ano (entre os que vi, claro)

Está cada vez mais inviável listar os melhores shows do ano. Isso ocorre devido a dificuldade que é ir aos espetáculos. Coloque neste pacote o preço exorbitante dos ingressos, a canseira que é se deslocar por São Paulo, falta de tempo e até mesmo a preguiça de aguentar um público cada vez mais mal educado.

Entre shows interessantes que perdi estão o do John McLaughlin, Larry Carton, Adrian Belew, Meshuggah, The Aristocrats, Air, Courtney Barnett, Body/Head, Lee Ranaldo, De La Soul, Guns N' Roses, Tortoise, Descendents, Black Sabbath e Novos Baianos.

Ainda assim pude ver um ou outro show que destaco agora, sem ordem de preferência:

Rolling Stones
É verdade que o grupo não apresenta mais a vigorosidade de décadas atrás. Todavia, me contento ao menos pela oportunidade de ver a banda ao vivo. Se o genial Keith Richards se esconde atrás da caricatura que virou, o Mick Jagger continua detonando. Sua disposição é impressionante. E o repertório, claro, é excelente.

Wilco
Dois shows seguidos em São Paulo. Um pelo Popload, num lugar aberto, com clima explosivo e vibrante. Outro no teatro do Ibirapuera, bem mais intimista. Repertório bastante variado e a excelência de uma das melhores bandas da atualidade. Um fim de semana inesquecível.

Herod
Assisti um festival gratuito e independente da Sinewave no Largo da Batata no Dia da Música. Estrutura simples, com a banda na mesma altura do público, mandado ver em suas ótimas composições de post-rock com influencia de drone. E no fim rolou até um Kraftwerk. Que venha mais eventos como esse.

Patife Band
Uma das minhas bandas prediletas de rock brasileiro, com o baterista original, tocando num espaço que tinha não mais que 20 pessoas. Paulo Barnabé não deu a mínima e mandou bala em suas geniais faixas. Mais pareceu uma aula que um show.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

RETROSPECTIVA 2016: Tem que conferir

Sabe aquele grupo/artista que não lançou um grande disco, mas soltou uma música legal que não pode passar despercebida numa retrospectiva, seja por ter tocado muito, por apontar novos horizontes, por ter um clipe divertido ou simplesmente devido a música ser bacana? Pois então, são essas faixas que reúno neste post. Vamos a elas:

Obs: Tais músicas não são necessariamente as melhores do ano, até porque exclui deste post as grandes músicas que estão dentro dos grandes discos. Estão aqui as faixas isoladas que merecem atenção.

Coldplay - Up&Up
A música é fraquinha, mas o vídeo é delirante.

BabyMetal - Karate
Acho graça. Thrash metal, dubstep, k-pop e djent num pacote só.

Baco Exu do Blues & Diomedes Chinaski - Sulicídio
Essa deu treta, hein. Se ofendeu é porquê a carapuça serviu. Eu achei bem legal. Chegaram chutando a porta, sem brodagem e, principalmente, com consistência musical. Produção nervosa. O verso do Diomedes é embaçado. Tem seus momentos que dão margem para o cancelamento, mas sei lá, vale pela ousadia.

Bones - Fat
Sem grande informação. Só sei que essas garotas andaram tocando com o Jeff Beck e que elas tem um som próprio bem legal.

Charli XCX - Vroom Vroom
Paulada pop, sexy, divertida, dançante, ganchuda... Bom demais! A produção é corrosiva. Das minhas músicas prediletas do ano.

David Bowie - Lazarus
Durante a retrospectiva falarei mais sobre o David Bowie, mas não poderia deixar de mencionar o emocionante clipe de "Lazarus". Obra de arte derradeira de um gênio.

Desiigner - Panda
Pô, é um faixa pesada. Trap pulsante, de boa produção e versos. Já tá bom.

DJ Shadow feat. Run The Jewels
Honestamente nem me atentei ao disco do lendário produtor, mas adorei essa música lançada em parceria com o Run The Jewels. E o clipe é legal demais.

Flying Lotus - FUCKKKYOUUU
Nem tanto pela música - um drone ambient maluco -, mas mais pelo ótimo clipe dirigido Eddie Alcazar. Tem que ser assistido.

Kodak Black, 21 Savage, Lil Uzi Vert, Lil Yachty & Denzel Curry (2016 XXL Freshmen Cypher)
Estranho quem não vê grandes horizontes para o hip hop diante de uma geração dessas. Cada flow tem sua particularidade. Escolha seu favorito. Eu fico com o Denzel Curry.

M83 - Go!
Ainda que eu não tenho achado o disco do grupo grande coisa, admito que achei essa música legal. Talvez um pouco devido o solo do Steve Vai no final.

Massive Attack, Young Fathers - Voodoo In My Blood
Mais um vídeo sensacional numa parceria acachapante.

Prophets Of Rage
Projeto reunindo integrantes do RATM, Public Enemy e Cypress Hill. É mais interessante pela parceria do que pelo som em si.

ACHADOS DA SEMANA: Jéssica Areias, Elliot Sharp, Arthur Verocai e Cressida

JÉSSICA AREIAS
Ganhei o CD desta cantora de uma amiga. É ótimo em todos os quesitos. Música brasileira cantada com o sotaque de Portugal. Vale a pesquisa.

ELLIOT SHARP
Um ícone da guitarra avant-garde. Ele tem trabalhos bem esquisitos, mas para quem se interessa por experimentações é uma boa pedida.

ARTHUR VEROCAI
Eu já conhecia a lenda de que seu único disco lançado na década de 1970 foi redescoberto e sampleado por DJs/produtores de hip hop, só faltava ouvi-lo. Tem canções bem bonitas e arranjos soberbos. Um álbum verdadeiramente especial.

CRESSIDA
Mergulhando em mais uma entre tantas ótimas bandas do progressivo britânico. Nada que bata de frente com os medalhões, mas é bacana.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

RETROSPECTIVA 2016: Bandas que acabaram / Bandas que voltaram

Assim como faço todo mês de dezembro, chegou a hora da retrospectiva do ano. Aguardem posts sobre os grandes lançamentos (e relançamentos), as decepções, as músicas que não podem passar despercebidas, os melhores shows (entre os vistos por mim, claro), além de uma pequena homenagem aos ídolos da música que se foram.

Mas hoje falarei sobre as bandas que voltaram e as que encerraram as atividades. Sem mais delongas, vamos a elas!

BANDAS QUE ACABARAM
Crosby, Stills & Nash
Seria normal, nesta altura da vida, se uns dos três decidisse amigavelmente não trabalhar mais em grupo. Mas não, ao que parece eles entraram num arranca-rabo feio. Que fim indigno.

U.D.R.
Não que eu ache muita graça nas letras do grupo, mas é revoltante como o politicamento correto virou censura, sendo o trio condenado por "incitar o crime". Absurdo.

Die Antwoord
É uma banda que não pode envelhecer mesmo. Acaba que é melhor.

Bolt Thrower
Boa banda de death metal. Batera morreu, banda acabou. 

Graveyard
Banda nova, que ainda tinha lenha para queimar, mas a velha "divergência artística" levou o grupo para o buraco.

Viola Beach
Confesso que não me recordo da banda, mas vale a menção devido a tragédia que foi a morte de todos os jovens integrantes e do empresário do grupo em um acidente automobilístico.

Emerson, Lake & Palmer
Ano triste para banda. Tá certo que não estavam em atividade, mas com a morte de Emerson e Lake fica impossível qualquer reunião. É o fim definitivo.

DeFalla
Voltaram, lançaram um disco fraquíssimo e deram área novamente. Vai entender.

Kid Abelha
Anunciaram o fim, mas quem se importa? E já não tinha acabado?

BANDAS QUE VOLTARAM
Guns N' Roses
Em termos de expectativa comercial, a grande volta do ano. Confesso que fiquei feliz só de ver uma foto com Axl, Slash e Duff juntos. Aguardo um disco de inéditas agora.

Rainbow
Não é exatamente o Rainbow, mas sim o Blackmore voltando a tocar guitarra. E tocando bem mal, diga-se de passagem. Ao menos o vocalista mandou bem.

Misfits
Por essa ninguém esperava: Danzig de volta ao Misfits. E de quebra com Lombardo na bateria. No minimo divertido.

Temple Of The Dog
Ainda que seja uma mero encontro para poucos shows em comemoração ao relançamento do disco do supergrupo grunge, não deixa de ser um fato relevante.

Novos Baianos
Assim como todas as outras voltas, nada de material inédito, apenas show. Mas já é o suficiente para trazer alegria.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

ACHADOS DA SEMANA: Nico, Shad, Nenê Trio e Ianis Xenakis

NICO
O que dizer dessa versão da Nico pra clássica "The End" dos Doors? Gostei demais.

SHAD
Assisti essa semana um documentário em formato de série no Netflix chamado Hip Hop Evolution apresentado por esse tal de Shad. Tocou essa música e achei muito boa, assim como a série. Recomendo.

NENÊ TRIO
Lendário baterista que acompanhou meio mundo da música brasileira e, ainda assim, pouco conheço. Decidi tirar o atraso. Seu trabalho próprio, em trio, é espetacular.

IANNIS XENAKIS
Um amigo me mandou este trabalho (La Légende D'Eerr) deste importante compositor do século XX. São uns barulhinhos agudos "chatos" quando escutados dispersamente, mas que ouvindo com atenção constroem texturas interessantíssimas.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

TEM QUE OUVIR: Slipknot - Vol. 3: (The Subliminal Verses) (2004)

O new metal teve sua ascensão na segunda metade da década de 1990 através de grupos como Korn e Deftones. Todavia, é possível dizer que o auge de sua popularidade se deu na virada do século, principalmente com o Slipknot, que lançou em 2004 ser terceiro trabalho, o ótimo Vol. 3: (The Subliminal Verses).


Se antes o grupo já havia chamado atenção por sua violência sonora, shows pirotécnicos/agressivos, visual impactante - com direito as famigeradas máscaras fazendo alusão a palhaços, macacos, Hannibal, Coringa, Pinóquio e Jesus Cristo -, no Vol. 3, para desespero dos antigos fãs, a banda fez concessões musicais que ressaltaram as boas qualidades composicionais do grupo em detrimento da urgência sônica.

Produzido pelo grande Rick Rubin, o peso da banda continua intacto, principalmente nas desesperadoras "The Blister Exist", "Three Nil", "Opium Of The People" e "Welcome", com destaque para a bateria verborrágica do Joey Jordison, além dos riffs graves e cacofônicos de guitarra.

Todavia, faixas como "Duality", "Vermilion" e "Before I Forget", todas com grande rotação na programação da MTV, apresentam certa sensibilidade "pop" em seus excelentes refrões - lembre-se, sempre sem abrir mão do peso - e as várias possibilidades interpretativas do Corey Taylor.

Se a acústica "Circles" é de grande qualidade melódica, "The Nameless" tem um certo experimentalismo sônico doentio, com destaque para o trabalho do DJ Sid Wilson.

Conservador que é o mundo do heavy metal, o Slipknot sofreu muita resistência da velha guarda, mas com sua estética particular, representou também a última incursão do gênero pelo mainstream.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

TOP 5: Discos da Rita Lee

Recentemente saiu a biografia da Rita Lee. Entre elogios, críticas e tentativas fracassadas de entrevistas, a eterna rainha do rock brasileiro virou novamente notícia. E aqui não vai ser diferente! Por isso preparei um Top 5 de discos da Rita Lee. Pra lista ficar mais difícil, divertida e ampla, inclui até mesmo sua fase nos Mutantes.


Sem mais delongas, segue a lista em ordem cronológica:

O1: Os Mutantes (1968)
Direto do bairro da Pompéia e acolhidos pelo tropicalismo, os Mutantes apresentam logo em seu disco de estreia a sua grande riqueza sonora. É jovem, divertido, psicodélico, inventivo e sofisticado. Muito disso graças ao arranjador Rogério Duprat. Um cult internacional que merece o status que alcançou. Clássico!

02: A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado (1970)
Meu disco predileto do trio. Já não tão mais engraçadinho, mas ainda jovem, criativo e rockeiro. Um claro sinal do amadurecimento.

03: Atrás Do Porto Tem Uma Cidade (1974)
O predileto para muito dos fãs do rock setentista. Acompanhada pelo sensacional grupo Tutti Frutti, ela soa mais pé no chão, encontra suas raízes no rock básico e produz algo próximo ao que seria o glam rock brasileiro.

04: Fruto Proibido (1975)
Clássico! Cheio de hits, com Carlini imitando o Keith Richards, Franklin debulhando na bateria e Rita definitivamente virando uma estrela. Ah, a produção também é ótima.

05: Rita Lee (1979)
Fiquei tentado a listar o rockeiro Entradas e Bandeiras (1976), mas não seria justo ignorar o lado mais pop da Rita. No seu trabalho de 1979, a cantora inicia sua parceria com Roberto de Carvalho e mostra seu talento apurado para compor hits. Ótima produção radiofônica do Guto Graça Mello. Teria as gravadoras investido no tal BRock 80 se poucos anos antes a Rita Lee não tivesse mostrado a fórmula para se fazer dinheiro com pop rock?