Formado por Roland Orzabal e Curt Smith, o duo que vinha do aclamado The Hurting (1983), encontrou ainda mais força na parceria com os produtores Chris Hughes e Ian Stanley, sendo esse segundo disco o fruto colhido.
Definindo o gênero synthpop, alguns faixas logo tornaram-se hits da época. A encorpada "Shout" é o primeiro exemplo. Sua riqueza instrumental, arranjo detalhado e refrão que salta aos ouvidos logo na introdução, fez da canção um enorme sucesso, mas não o único. Com as mesmas características, "Head Over Heels" também alcançou grande destaque. Sua complexa melodia é certeira.
Já "Everybody Wants To Rule The World" é radiofônica mesmo trinta anos após o lançamento, ainda que liricamente reflexica e num 12/8 pouco dançante. E que outra banda dita de synthpop colocaria um solo de guitarra desses em seu single?
Impossível não destacar o melódico solo de saxofone de Mel Collins - sim, aquele mesmo do King Crimson - na ótima "The Working Hour". Alias, essa não é a única referência progressiva, tendo em vista que a letra de "I Believe" é dedicada a Robert Wyatt, ícone da cena de Canterbury. Atenção para a interpretação vocal ultra sensível do Roland Orzabal.
Impossível não destacar o melódico solo de saxofone de Mel Collins - sim, aquele mesmo do King Crimson - na ótima "The Working Hour". Alias, essa não é a única referência progressiva, tendo em vista que a letra de "I Believe" é dedicada a Robert Wyatt, ícone da cena de Canterbury. Atenção para a interpretação vocal ultra sensível do Roland Orzabal.
Vale menção ainda para a construção intrincada de "Mothers Talk". O resultado sonoro é poderoso.
De perfeccionismo tanto nas composições quanto na elaborada produção, Songs From The Big Chair é uma pérola do POP oitentista.
De perfeccionismo tanto nas composições quanto na elaborada produção, Songs From The Big Chair é uma pérola do POP oitentista.