sexta-feira, 26 de agosto de 2016

ACHADOS DA SEMANA: The Easybeats, Harry Nilson, John Cale e Stevie Wonder

THE EASYBEATS
Faz tempo que ouço falar dessa banda sessentista, mas só agora peguei pra ouvir. Que guitarras! Típico talento da família Young.

HARRY NILSON
Não conhecia essa música, que ao que parece foi um hit no passado. É de beleza impressionante esse arranjo.

JOHN CALE
Escutei pela primeira vez um disco solo do John Cale, icônico criados do Velvet Underground. Fear foi me recomendado e, para ser honesto, nem fez tanto minha cabeça.

STEVIE WONDER
Entre tantas novidades auditivas, recorrer aos clássicos é bom. No caso do Stevie Wonder, recomendo semanalmente.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

MINHA NAMORADA E MEUS DISCOS MERDA: Psychocandy, do The Jesus and Mary Chain

Sabe aquela emoção de ouvir um álbum clássico pela primeira vez? Pois então, tentarei provocar tal sentimento na minha namorada Renata Alves, que vai quinzenalmente colaborar com o País do Baurets.

A ideia - claramente copiada do My Husband's Stupid Record Collection - é apresentá-la a um grande disco. Suas impressões serão espontâneas, sem o conhecimento técnico, histórico ou interferência do hype jornalístico. O resultado é a pura ligação do ouvinte com a arte.

Para a estreia do "Minha Namorada e Meus Discos Merdas": Psychocandy, clássico do The Jesus and Mary Chain.

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por Rena Alves, do Maria D'escrita

Hoje eu começo uma nova coluna aqui no País do Baurets. Quinzenalmente eu vou comentar algum disco indicado pelo Juliano Beltrame. Não esperem muitos acertos, viu? Então, bora lá!

A estreia é com a banda The Jesus And Mary Chain. Ao ouvir o nome eu tinha certeza que era alguma banda satanista usando o nome de Jejê em vão. O disco indicado pelo Ju foi Psychocandy.

Diferente do que imaginei a banda não pareceu satanista (talvez sejam, mas de acordo com as regras do jogo eu não posso jogar o nome deles no Google pra entender mais sobre o trabalho dos caras) nem tinha 3 minutos de pura gritaria em cada música.

Fui primeiramente apresentada a "Just Like Honey" e os primeiros segundos me agradaram, quando o vocalista soltou a voz eu gostei mais ainda e comecei a notar uma guitarra suja (é assim que vocês dizem né?) que ficou bem interessante na música. Ufa! Psychocandy provavelmente era um álbum que eu conseguiria ouvir do inicio ao fim sem querer mandar meu namorado à merda.

As músicas com a tal guitarra suja começaram a me irritar um pouco. Eu não consegui ouvir "Taste The Floor" até o final, já tava me dando um troço ruim na cabeça. "The Living End" me fez querer sair dançando por aí e "Cut Dead" foi a fofura do dia.

Tenho uma pergunta a fazer: Eles imitam as meninas do The Donnas ou as meninas do The Donnas os imitam? Achei parecido.

Passei pelo “a-a-há” de "Never Understand" cantando, me derreti por "Sowing Seeds", quis menos chiados em "My Little Underground", mas cantarolei o “a-a-haa” novamente.
O disco chegou ao fim e lá fui eu ouvir ele de novo. Se isso é bom ou não eu não sei, mas eu gostei do disco. Queria menos chiados? Queria! Mas depois das 14 músicas eu entendi que o The Jesus And Mary Chain não seria o The Jesus And Mary Chain sem esse barulho irritante.

Essa banda não é famosa né? Deveria... Se tivesse menos chiado ia ter algum hit na Metropolitana, certeza.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

TEM QUE OUVIR: The Who - Who's Next (1971)

Após 4 discos espetaculares, o The Who finalmente pareceu dar um passo maior que a perna. Pete Townshend quase pirou tentando colocar em prática um projeto audacioso que sequer saiu do papel. Lifehouse fracassou, mas não foi por completo para lata de lixo. Algumas de suas sementes foram aproveitas em Who's Next (1971), considerado por muitos o melhor álbum da banda.


Munido dos sintetizadores ARP, as composições do grupo se mantiveram numa crescente. A começar pela clássica "Baba O'Riley" e sua introdução futurística, que logo desencadeia numa canção explosiva dona de um inesperado e peculiar solo de violino. O Who virara rock de arena.

Na sequência o grupo evidencia seu poder de fogo na intensa "Bargain", com destaque para a performance sempre genial da cozinha formada por Keith Moon (bateria) e John Entwistle (baixo). Já Townshed e Roger Daltrey brilham na poderosa balada "Love Ain't For Keeping".

De autoria do Entwistle, "My Wife" é uma das mais vigorosas composições do quarteto, muito graças ao potente arranjo de metais. Já a balada "Behind Blues Eyes" demonstra que o grupo sabia muito bem quando tirar o pé do acelerador. As trocas de dinâmica em "The Song Is Over" e "Getting In Tune" - que baixo! - são mais um exemplo nesse sentido, só que aqui vale um adendo especial para o piano majestoso de Nicky Hopkins. Já em "Going Mobile" quem dá show é mesmo Pete Townshend, onde sua pegada é ressaltada por uma captação ao vivo cheia de organicidade.

Como não bastasse tudo isso, o disco ainda reserva para o final a épica "Won't Get Fooled Again", que começa com sintetizadores espaciais, para logo depois ser atropelado pela bateria avassaladora de Keith Moon, o baixo tão gorduroso quanto melódico de Entwistle e a mão direita de Townshend socando a guitarra, tudo isso formando a cama perfeita para Daltrey cantar uma das mais politizadas letras do grupo. Uma paulada!

Todos esses clássicos são embalados nesta brilhante capa contendo um monolito "kubrickiano" urinado pelos rapazes. Que disco!

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Bandas/Artistas de Honduras

Devo assumir minha culpa. Esqueci de postar meus achados sobre a música hondurenha e o que aconteceu? A seleção da CBF atropelou Honduras.

Todavia, não poderia deixar de mencionar um país que me surpreendeu bastante no quesito musical. Veja alguns exemplos:

Delirium
Todo país tem sua banda de metal. Em Honduras, essa é uma entre tantas.

Sueño Digvina
O que eu entendi que rola bastante lá é o indie rock. Neste gênero, esse grupo soa bem.

Volumen
Essa talvez seja a melhor. É um pop rock bem climático. É bonito.

Top 5: Clássicos não famigerados do rock nacional oitentista

Durante todo o ano de 2016, tivemos diversas homenagens ao rock nacional oitentista, definitivamente o auge comercial do gênero no país. Rolaram resenhas aos balzaquianos Dois, Cabeça Dinossauro e Selvagem?, passando por memórias do RPM, “volta” da Legião Urbana e até mesmo um show reunindo Paralamas do Sucesso, Paula Toller e Nando Reis. Momentos de vergonha alheia foi inevitável.

Pensando nisso, venho aqui postar minhas 5 discos prediletos do rock nacional oitentista, mas não os carne de vaca. Aqui estão os prediletos da casa. E já aviso, não tem nada de Barão Vermelho, Lulu Santos ou Engenheiros do Hawaii.


Camisa de Vênus - Camisa de Vênus (1983)
Cinco jovens da Bahia propõem o completo oposto das narrativas praieiras da Blitz. São canções agressivas (por mais que a produção seja pobríssima), confrontosas e provocativas. Tremendo repertório.

Violeta de Outono - Violeta de Outro (1987)
Um disco que fica entre o pós-punk e o rock psicodélico, fusão de estilos incomum ainda hoje. O resultado é um disco singular, de delirantes canções, mas sem soar presunçoso. Fora que o Fábio Golfetti é um tremendo guitarrista.

Patife Band - Corredor Polonês (1987)
Filho da Vanguarda Paulista, Paulo Barnabé cria um frankenstein completamente brutal e progressivo, com direito a solos jazzísticos, ritmos complexos e atitude punk. Um dos discos mais subestimados da música brasileira.

Ira! - Psicoacústica (1988)
Cansado da previsibilidade do rock nacional e dos próprios rumos "The Jam tupiniquim", o Ira! constrói um clima detetivesco sombrio, com direito a sample do filme O Bandido da Luz Vermelha (Sganzerla, 1968). Fora que o Scandurra tá tocando demais. Um marco do rock alternativo brasileiro.

Ratos de Porão - Brasil (1989)
Pra fechar, um clássico do punk rock/hardcore/crossover. A evolução natural da banda, tanto em performance e produção, quanto em qualidade composicional. E, diante do tema desta postagem, vale se atentar a frase inicial de "Aids, Pop, Repressão": “o rock brasileiro é uma farsa comercial”.

TEM QUE OUVIR: Gang Starr - Step In The Arena (1991)

Fosse o Miles Davis ou A Tribe Called Quest, algo no começo da década de 1990 direcionou os ventos a favor da junção do jazz com o rap. Todavia, se teve quem reinou nessa fusão foi o Gang Starr.


Se no primeiro disco o grupo passou despercebido, em Step In The Arena (1991) o duo voltou as origens do hip hop para apresentar um trabalho que salta aos ouvidos. Duas pickups e um microfone, ferramentas básicas, mas que nas mãos certas transformam-se no que de melhor já foi produzido no estilo.

Letrista fenomenal, além de MC de flow fantástico, Guru dominava a palavra como poucos. Ao contrário do clima gangsta que estava em voga, ele voltou sua energia para a clássica abordagem contestadora do hip hop em detrimento da descartável temática de objetificação das mulheres e culto ao dinheiro. Seus textos são descritivos, retratando em enredos a dura vida urbana dos jovens negros americanos.

O lendário DJ Premier é um gênio da produção. Seu flerte com o jazz e soul é ultra criativo. É também visceral, com direito a beats pesados, scratches gritantes e samples que fogem do óbvio. Quem acha que DJ não é músico deve se atentar imediatamente ao trabalho desse criador inquieto. Não por acaso ele desenvolveu inúmeras parcerias importantes no decorrer da sua carreira, vide seu trabalho com o Nas.

O piano e a orquestração suja de "Name Tag" serve de apresentação do duo, enquanto "Step In The Arena" embarca o ouvinte via beat irresistível, com agudo ganchudo/persistente e baixo swingado. É espetacular ouvir viradas de bateria dialogando com scratches. 

Há um clima soul em "Form Of Intellect", vindo desde a levada de bateria, do baixo, da guitarra chorosa e dos metais. Todos inseridos com personalidade na montagem do Premier.

O beat de "Execution Of A Chamb" é daqueles pra jogar o ouvinte pra trás. O peso/dureza da batida é equilibrado por um groove insano de baixo, ruídos de difícil identificação e um piano de estranha melodia.

Gosto de enxergar "Who's Gonna Take The Weight?" como estando na linha evolutiva do funk. Por sua vez, vagarosa "Beyond Comprehension" combina com aconchego de um sofá e uma "bomba".

De grave poderoso, "Check The Technique" pode danificar falantes. Já a solar "Lovesick" tem potencial de levantar uma festa, colocando todos para dançar.

"Take a Rest", "Just To Get A Rep" e "The Meaning Of The Name" são mais alguns destaques onde a dupla esbanja qualidade e entrosamento.

Embora tenham uma carreira regular, com outros bons discos - inclusive em projetos individuais -, esse álbum evidencia toda a extensão e riqueza do grupo num momento ainda de desenvolvimento do gênero. O hip hop não seria o mesmo sem eles. Seminal. 

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

ACHADOS DA SEMANA: Tim Pierce, Kreator, La Düsseldorf e Descendents

TIM PIERCE
Devo confessar que não conhecia esse guitarrista. Ícone dos estúdios, gravou com inúmeros artistas. Seu canal no YouTube é uma aula de timbragem, pegada e boas ideias na guitarra. Ultra recomendado para músicos e produtores.

KREATOR
Nunca gostei muito do thrash metal alemão, mas o disco Enemy Of God (2005) fez minha cabeça quando eu tinha meus 16 anos. Por acaso ouvi novamente essa semana. Não perdeu a força.

LA DÜSSELDORF
Não conhecia o grupo, mas o krautrock presente no disco de 1976 me chamou atenção logo de cara. Viajandão e perfeito para ouvir antes de dormir, embora um pesadelo seja iminente.

DESCENDENTS
Vão tocar no Brasil, logo me deu vontade de reouvir esse clássico. Acho legal demais!

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Bandas/Artistas da Dinamarca

Na sequência da torcida contra a seleção da CBF, vamos conhecer um pouco da música dinamarquesa.

Mercyful Fate
Banda cultuada pelos fãs tradicionais de heavy metal. Tem na sua linha de frente o figuraça King Diamond, dono de vocais agudos e cara pintada. O disco Melissa é um clássico do estilo.

Volbeat
Grupo que vem chamando atenção com seu sou encorpado e melódicos. As produções são pesadas e modernas. Todavia, não é minha praia. 

Bemses Venner
Não conheço nada, mas a banda durou de 1973 a 2011, ou seja, alguma coisa boa eles devem ter. Vou ouvir enquanto vejo Neymar e turma tomarem mais um vareio.

domingo, 7 de agosto de 2016

Bandas/Artistas do Iraque

Na sequência da torcida contra a seleção da CBF, vamos conhecer um pouco da música iraquiana.

Naseer Shamma & Oyoun
Não vou fingir costume dizendo saber do que se trata. Na verdade conheci agora após uma breve pesquisa sobre a música tradicional do país. Ouvi o disco Hilal (2006) apenas uma vez e achei bem legal. Tem muito a ser absorvido em termos de melodia e ritmo. Riquíssimo. 

Acrassicauda
Banda de thrash metal que ficou conhecida por sobreviver em meio as ameaças de extremistas islâmicos. Existe um documentário sobre o grupo chamado Heavy Metal In Baghdad. Vale conhecer.

Jamaza
Black metal anti-Islã. No mínimo é embaçado.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

ACHADOS DA SEMANA: Miles Davis, Hatebreed, Antonio Adolfo e 10cc

MILES DAVIS
Duas recém descobertas discográficas da extensa carreira do Miles. Ouvi pela primeira vez Quiet Nights (1964), álbum feito em parceria do Gil Evans influenciado pela bossa nova, que honestamente não me empolgou. Provavelmente o problema esteja em mim, claro. Já o Doo-Bop (1992), o último lançado em vida pelo Miles e com influencia do hip hop (com direito a produção do Easy Mo Bee), é espetacular.

HATEBREED
Entre corridas noturnas esporádicas, estou indo fundo no metalcore do Hatebreed. Neste sentido, gosto muito do álbum Perseverance (2002). É música para não pensar, apenas para transpirar e descontar a raiva. Isso tem seu valor.

ANTONIO ADOLFO
Um dos nomes mais subestimados da música brasileira. Procurem pelo álbum Antonio Adolfo e a Brazuca (1969) para o bem de vocês.

10CC
Escutem o disco Deceptive Bends (1977), é impressionante. É o pop rock perfeito. Que banda subestimada!

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Bandas/Artistas da África do Sul

Perdão aos mais nacionalistas (o último refugio dos canalhas), mas acho irresistível torcer contra um time de frouxos administrado por salafrários. Assim sendo, durante toda as Olimpíadas do Rio, postarei música local dos países adversários da seleção masculina da CBF. Nada contra país, tudo contra a CBF. Pode ser banal, pode ser besta, mas ao menos serve como desculpa para conhecermos um pouco de novas culturas.

Sem mais conversa, vamos logo aos sons sul-africanos.

Ladysmith Black Mambazo
Primeira coisa que vem a mente quando o assunto é música sul-africana é esse grupo, que ganhou fama após trabalhar com o Paul Simon no clássico Graceland (1986). Não faz parte das minhas predileções, mas o disco Shaka Zulu (1987) merece ser escutado.

Miriam Makeba
Uma verdadeira estrela sul-africana, de história grandiosa inclusive fora do país. Uma das maiores vozes a confrontar o apartheid. Fora que não tem como esquecer seu super hit "Pata Pata".

Die Antwoord
Projeto divertido que fez um certo barulho recentemente. É eletrônico, rap, rock, pop... é freak!

BLK JKS
Esse grupo mistura sons e instrumentos típicos locais com uma abordagem rock bem interessante.

Hawk
Grupo bem interessante que chega a misturar elementos percussivos tribais em suas composições. É um hard rock cheio de personalidade.

Freedom's Children
Para quem curte rock setentista fora do eixo, é um prato cheio. Tem elementos psicodélicos dentro de uma forma mais hard.

Suck
Mais uma boa banda de hard rock sententista. Interessante como o país foi prolifero nessa cena.

The Square Set
Sonzera sul-africana ainda da década de 1960. Todavia, sem características local.

Tananas
Fusion recheado de elementos típicos do país.

Robert Calvert
Poeta que fez parte do Hawkwind e tem uma interessante carreira solo.

Wild Youth
Agora começa a sessão mais curiosa deste post: a cena punk rock da África do Sul. Num país onde reinou o Apartheid e teve episódios como o Levante de Soweto, claro que teria uma cena musical contestadora. E isso começou com esse grupo.

National Wake
Mais um grupo de punk rock. Segundo a lenda, o primeiro multirracial do país. Isso durante o Apartheid. Há nas canções um alto teor de contestação ao abordar as contradições, o racismo e o abismo social do país.

Power Age
Para finalizar, não tinha como ser mais claro no nome da faixa: "Stop Apartheid".

terça-feira, 2 de agosto de 2016

TEM QUE OUVIR: The Byrds - Fifth Dimension (1966)

Onde há muito talento, há também conflito de egos. Isso ficou claro no The Byrds quando Gene Clark pediu as contas. Poderia ser um momento desesperador, mas o grupo ainda tinha talentosos de sobra. Com a popularidade em alta, Fifth Dimension (1966) driblou qualquer sinal de crise.


Esse é o terceiro lançamento da banda, agora não mais um elo sonoro dos Beatles com o Bob Dylan. O folk rock do grupo ficara muito mais sofisticado e psicodélico.

Roger "Jim" McGuinn é quem segura as rédeas da banda, entregando ao ouvinte pérolas como "5D (Fifth Dimension)", completamente embebecida pela ficção cientifica. Do maravilhoso arranjo - tanto vocal, quanto instrumental - de "Wild Moutain Thing", ao folk elétrico, delirante e espacial de "Mr Spaceman", tudo soa coeso como nunca antes.

De ritmo desconcertante e harmonia jazzística, "I See You" aponta para novas influencias do grupo: a música indiana de Ravi Shankar e os momentos mais ousados de John Coltrane. Daí vieram as tais frases de guitarra exóticas de "Eight Miles High", um clássico definitivo da época. Já "What's Happening" intercala entre vocais melodiosos e a Rickenbacker de 12 cordas desconcertante de McGuinn.

O disco ainda reserva a interpretação visceral de David Crosby pra "Hey Joe", o groove lisérgico de Chris Hillman em "Captain Soul", a tradicional/linda "John Riley" e a espacial "2-4-2 Fox Trot". Todas formando esse clássico que aponta para o futuro ousado da banda.