segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

TEM QUE OUVIR: Caetano Veloso - Caetano Veloso (1967)

Que a Tropicália foi um dos movimentos mais criativos da música brasileira todos sabem, mas o que as pessoas esquecem é que os tropicalistas deixaram como registro muito mais que o emblemático álbum/manifesto Tropicalia ou Panis At Circencis (1968). Cada artista lançou discos individuais abordando a mesma estética sonora e visual (vide as capas psicodélicas) do movimento. Caetano Veloso, o mais celebre músico tropicalista (ao lado de Gilberto Gil) e um dos grandes nomes da música brasileira de todos os tempos, pode ser representado em sua discografia inicial pelo seu ótimo trabalho homônimo de 1967.


Na faixa que abre o álbum, a maravilhosa "Tropicália", Caetano diz "eu organizo o movimento". O arranjo do Julio Medaglia, que mescla o erudito ao popular, é pura vanguarda pop. Como cantor ultra melódico e influenciado pela bossa nova que é, Caetano Veloso brilha na bela "Clarice".

O disco tem a presença dos companheiros de tropicalismo. Gilberto Gil divide a composição com Caetano na ótima "No Dia Que Eu Vim-Me Embora". Os Mutantes formam a banda de apoio na psicodélica "Eles" e ganham de presente a frase final da canção ("Os Mutantes são demais"). Enquanto isso, Gal Costa registrou sua voz única em "Clara".

Em "Alegria, Alegria", faixa que tornou-se emblemática após o Festival de 1967, Caetano é acompanhado pela banda argentina Beat Boys. A canção mistura Pop-Art com música de protesto. A guitarra carrega de fuzz fez muito barulho e causou revolta nos mais conservadores, que acreditavam que o instrumento era símbolo do imperialismo americano. 

É maravilhosa a forma com que a psicodelia se funde à música brasileira nas surreais "Anunciação" e "Superbacana". 

"Soy Loco Por Ti America" é um tributo não declarado ao Che Guevara. O fato da composição ter passado ilesa pela censura de um regime militar truculento é brilhante. Infelizmente, Caetano Veloso não passou tão ileso assim, tendo em vista que três anos após o lançamento do disco, ele foi preso e obrigado a deixar o país, encerrando assim o movimento Tropicalista e dando luz ao seu exílio londrino. Mas ai era tarde, o mito já havia deixado seu carimbo na história da música mundial.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Trilha sonora para a cidade de São Paulo

Hoje, 25 de janeiro, a cidade de São Paulo comemora seu aniversário. De importância imensurável para a economia e cultura do país, decidi homenageá-la com algumas músicas que justificam sua caótica beleza. 

Vale perceber como as composições fazem celebração a um recanto agradável. São canções de caos, conflito e experimentação em suas formas. É a cara de São Paulo.

Tom Zé - São, São Paulo
"São oito milhões de habitantes, de todo canto em ação, que se agridem cortesmente, morrendo a todo vapor. E amando com todo ódio, se odeiam com todo amor". Precisa dizer mais alguma coisa?

Tom Zé - A Briga do Edifício Itália Com o Hilton Hotel
Uma canção tão divertida que não quis deixar de fora. Samba torto, que trata da especulação imobiliária e da invasão de empreendimentos sem personalidade.

Geraldo Filme - Tradição
Uma bonita homenagem ao samba do Bixiga, da Vai-Vai. A versão da Beth Carvalho é uma pérola.

Paulo Vanzolini - Praça Clovis
"Na Praça Clovis minha carteira foi batida". Um começo ultra paulistano. Grande representante do samba de São Paulo. Também regravada pela Beth.

Marcia - Ronda
A melancolia da finada boêmia paulistana é brilhantemente retratada nesse lindo bolero/samba canção, também de autoria do Paulo Vanzolini.

Made In Brazil - Rock de São Paulo
Autêntico representante do rock paulistano da Pompéia, bairro de onde saiu também as bandas Mutantes e Tutti-Frutti. Vale lembrar ainda a "Paulicéia Desvairada". 

Os Mutantes - Rua Augusta
Clássico do Ronnie Cord ainda mais representativo na voz dos Mutantes. Sensacional.

Rita Lee - Lá Vou Eu
Tudo bem, a Rita poderia estar resumida apenas pelos Mutantes, mas ela é tão a cara de São Paulo que vale mais, até porque essa música gravada ao lado do Tutti-Frutti é espetacular.

Caetano Veloso - Sampa
Perfeito retrato do espanto de alguém de fora quando chega em São Paulo. Há tanto o sentimento de admiração quanto o de incompreensão. Uma das melhores letras de Caetano, interpretada também pelo baiano de musicalidade carioca, João Gilberto. Todos amam São Paulo.

Cesar Camargo Mariano - Fábrica
Na verdade, aqui vale mencionar o álbum São Paulo - Brasil (1977) inteiro. É uma maravilha da fusão do jazz com rock, funk e um certo calor/balanço brasileiro. Mas de alguma forma, o instrumental simulando o som das fábricas desta faixa é o mais representativo desta metrópole cinza.

Premê (Premeditando o Breque) - São Paulo, São Paulo
Se Frank Sinatra pode fazer "New York, New York", a nossa tão talentosa Vanguarda Paulista retruca com "São Paulo, São Paulo", faixa de humor sagaz.

Arrigo Barnabé - Office-Boy
Falando em Vanguarda Paulista, vale mencionar esse arranjo em forma de cenário que simula o caos do trânsito paulistano. Um espetáculo de um dos momentos mais efervescentes da música brasileira.

Itamar Assumpção - Venha Até São Paulo
Um convite ao turismo não só a capital, mas a todo o estado de São Paulo. O jingle tá pronto, só falta por a campanha em prática. Tem a participação da Rita Lee (olha ela novamente aí!).

Joelho de Porco - São Paulo By The Day
Nem tudo é festa, mas tudo pode virar festa dependendo do ponto de vista, até os trombadinhas do centro. Não entendeu? Então escute a espetacular música abaixo. Não deixe também de ouvir a igualmente maravilhosa "Aeroporto de Congonhas".

Guilherme Arantes - Coração Paulista
Antes da explosão do rock solar carioca, o Guilherme Arantes era a grande força da música jovem popular rockeira brasileira, sendo essa música especial, com o cheiro urbano que tão bem representa São Paulo e o rock.

Ultraje À Rigor - Nós Vamos Invadir Sua Praia
O BRock, tão carioca, sofre um arrastão vindo de São Paulo vide esse clássico do período. 

Ira! - Pobre Paulista
Clássico da maior banda do underground paulistano oitentista (que de tão grande, em muitos momentos transitou pela mainstream). Uma letra problemática, que de certa forma retrata a tensão de uma época. Não por acaso a banda aposentou a música.

Mercenárias - Polícia
Falando na cena alternativa oitentista paulistana, impossível pensar neste som vindo de outro lugar do Brasil. É urbano, caótico, crítico e urgente.

Inocentes - Pânico Em SP
O verdadeiro punk rock brasileiro não é de Brasília, mas de São Paulo, cidade de trem sujo, fábricas e céu cinza. Os Inocentes sabem muito bem disso.

365 - São Paulo
Confesso que conheci essa música pela versão do Inocentes, mas gosto mais da original, a começar pela ótima linha de baixo.

Cólera - São Paulo
É, a influência da cidade nitidamente serviu de inspiração para o punk rock brasileiro (e, até por isso, não poderia ter saído de outro lugar, tá bom, Brasília). Dito isso, aqui a cidade parece menos agradável, mas na verdade apenas lida com os fatos, inclusive denunciando sua polícia altamente repressiva (e onde não é?). 

Thaide & Dj Hum - Sr. Tempo Bom 
Esse clássico do rap nacional sempre soou para mim como um retrato feliz da periferia e do povo preto de São Paulo na década de 1970.

Racionais MC's - Pânico da Zona Sul
Os Racionais representam a realidade nem sempre encantadora da grande metrópole. Espetacular.

Sabotage - Na Zona Sul
Mais uma vez a Zona Sul dá as caras neste clássico do rap nacional. Sabotage é a cara de São Paulo.

DJ Marky - Misto Quente
Saiu na noite paulistana na virada do milênio? Pois então, não tinha esse som? 

Emicida - Rua Augusta
Mais um hino sobre a rua mais democraticamente badalada de São Paulo.

Criolo - Não Existe Amor Em SP

O último grande clássico do rap nacional (pra não dizer da música brasileira como um todo). Letra, arranjo, timbres e interpretação, tudo soa perfeitamente bem encaixado nesta linda composição.

Rodrigo Ogi - Profissão Perigo
Sendo o talentoso letrista que é, Rodrigo Ogi é mais um daqueles que perfeitamente dá voz aos motoboys da cidade de São Paulo. Dá pra visualizar ele transitando pela cidade na música.

Rodrigo Campos - Amor Na Vila Sônia
Uma São Paulo longe das câmeras. Groove irresistível. A maestria da música brasileira (paulistana) contemporânea.

*Kiko Dinucci - Terra de Um Beijo Só
A capa do disco (a repressão policial com o artista de rua), o ruído dos timbres e as dissonâncias em meio a beleza composicional, mas, principalmente, a letra sucinta, poética e direto ao ponto.
*Voltei nessa postagem pra inserir essa faixa.

Adoniran Barbosa e Demônios da Garoa - Trem das Onze
Deixei o grande clássico para o final. Nada mais paulistano. Décadas de cultura proletária imigrante numa única canção. Simplesmente genial.

TEM QUE OUVIR: Air - Moon Safari (1998)

Se tem um país que pode ser considerado a vanguarda da música eletrônica é a França. De Edgard Varèse, passando por Iánis Xenákis, Pierre Schaeffer, Pierre Henry e Pierre Boulez, os franceses sempre estiveram um passo a frente tanto na composição, quanto no desenvolvimento de timbres. Somando isso a uma sensibilidade pop, herdada até mesmo do Serge Gainsbourg, temos o duo Air, formado por Nicolas Godin e Jean-Benoît Dunckel, que lançou em 1998 o espetacular Moon Safari.


"La Femme D'argent" abre o disco deixando explicito o interesse da dupla por sonoridades vintage. A linha de baixo ultra melódica e de timbre opaco característico dos baixos höfner, lembra muito o estilo do Paul McCartney. 

Alias, é preciso lembrar que as cordas do disco foram registradas no Abbey Road, com supervisão do David Whitaker, que já havia trabalhado com o já citado Serge Gainsbourg, dando ao álbum uma consistência ainda mais uniforme, como pode ser percebido nas lindas "You Make It Easy" e "Ce Matin Là". Já a participação de Beth Hirsch na faixa "All I Need" trás um tempero de trip hop para o trabalho.

A libidinosa "Sexy Boy" tem o peso dos amplificadores valvulados e dos sintetizadores analógicos, vide o uso de modelos antigos de Moog e Korg. Pianos elétricos aparecem no pop dançante "Kelly Watch The Stars" e na introspectiva "Talisman". 

O uso de vocoders em "Remember" remete aos timbres robóticos do Kraftwerk. É interessante lembrar que a faixa tem participação do veterano Jean-Jaques Perrey. Outra faixa que faz uso de vocoders é "New Star In The Sky (Chanson Pour Solal)", canção que poderia muito bem estar no Ok Computer do Radiohead. O experimentalismo do grupo chega ao auge na estranha "La Voyage De Penelope".

O Air conseguiu com esse disco amadurecer a tradição da música eletrônica francesa, deixando acessível para o público independente da faixa etária.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Uma breve homenagem ao Sabotage

Há 10 anos atrás um dos mais icônicos e talentosos rappers brasileiros era assassinado. Estou falando do grande Sabotage.

Além de bom ator, espetacular letrista/cronista e dono de um flow embasbacante, Sabotage tinha como missão o compromisso com o rap e com sua comunidade da Zona Sul. Sua malandragem característica - quase um Adoniran Barbosa do século XXI -, era impactante e estava explicita do seu cabelo ao modo de falar.

Vamos relembrar seu trabalho musical tão breve - ele lançou somente um disco, o já clássico Rap É Compromisso! (2000) - e tão consistente.

01 - Rap é Compromisso
Hino do rap nacional da virada do século. Adoro como seu flow soa espontâneo. E por mais que a canção tenha uma temática dura, há uma leveza no groove.

02 - Respeito É Pra Quem Tem
Junto do importante grupo RZO, Sabotage manda muito bem nas rimas desta composição imponente.

03 - Mun-Rá
Gravado em parceria com o Instituto, "Mun-Rá" é talvez minha música predileta do rap nacional. Groove espetacular e interpretação impressionante do Sabotage.

TEM QUE OUVIR: Weather Report - Heavy Weather (1977)

O jazz rock - ou se preferir, fusion - emergiu em meados da década de 1970 através de trabalhos da Mahavishnu Orchestra e Return To Forever, nunca alcançando estrondoso sucesso comercial - pelo som, nem pudera -, mas conquistando fãs fiéis e influenciando incontáveis músicos. Um dos registros mais importantes do estilo é Heavy Weather (1977) do Weather Report.


Lançado no auge do punk rock e da disco music, o álbum conseguiu certo destaque na mídia, sendo premiado como melhor disco de jazz do ano até mesmo pela revista Playboy. A força do trabalho está concentrada em três dos mais brilhantes instrumentistas de todos os tempos: o mago dos teclados Joe Zawinul, o gênio do baixo Jaco Pastorius e o lendário saxofonista Wayne Shorter.

Joe Zawinul chama atenção logo na faixa que abre o disco, a ótima "Birdlad". Seu timbre polivalente, que vai do simples piano passando por texturas complexas, apresenta sempre inteligência na construção harmônica, como fica evidente na ótima "A Remark You Made".

Jaco Pastorius é possivelmente o baixista mais influente de todos os tempos. Ao ouvir as belas frases de baixo fretless em "Harlequin" e as passagens velozes de "Teen Town" (em cima de um clima detetivesco nebuloso) é possível entender o porquê.

Wayne Shorter brilha na composição e no solo da espetacular "Palladíum", ainda que os outros músicos também esbanjem um groove desconcertante na mesma faixa. 

O disco ainda reserva espaço para "Rumbá Mamá", música focada na percussão, que lembra bastante o trabalho experimental do Hermeto Pascoal. 

Heavy Weather é de audição essencial pra quem se interessa por música bem tocada. Documento indispensável da música instrumental.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Compositores que não são instrumentistas

Nesta semana, mais precisamente no dia 15/01, foi comemorado o "Dia do Compositor". Já que citar todos os grandes compositores (da ars antiqua ao dubstep) seria tarefa impossível, decidi homenagear alguns compositores não músicos (ou ao menos, nem tão lembrado por isso). Sem mais delongas, vamos a eles.


Vinícius de Moraes
Embora também cantasse e escrevesse melodias, Vinícius tornou-se ícone da bossa nova oferecendo sua sensibilidade poética para as músicas de Tom Jobim, Baden Powell, Carlos Lyra, Toquinho e tantos outros. Não por acaso contínua sendo celebrado 100 anos depois do seu nascimento.
Obs: Vou ser canalha e ignorar a bossa nova e postar Secos & Molhados interpretando a minha poesia musicada predileta do Vinícius.

Aldir Blanc
É verdade que ele também canta (inclusive num belíssimo disco solo, Vida Noturna de 2005), mas o Aldir Blanc será eternamente lembrado como o parceiro de composição do João Bosco. Não por acaso, afinal, juntos eles escreveram algumas das maiores pérolas da música brasileira. Sua poesia tem o mesmo valor que o violão de João. União perfeita. Vale lembrar que ele ainda trabalhou com nomes como Guinga.

Paulo Coelho

É interessante pensar que o escritor brasileiro de maior fama internacional tem como seu trabalho de maior valor artístico composições ao lado do Raul Seixas, artista esse sem expressão fora do país. De qualquer modo, o lado místico de Paulo Coelho está presente em diversas letras e ajudou a moldar a carreira e a vida do Raulzito.

Carlos Imperial
Um dos personagens mais canalhas (no bom e mal sentido da palavra) da música/cinema/televisão/cultura brasileira. Poucos sabem, mas esse figurão é o compositor de ao menos três canções bastante conhecidas: "A Praça" (gravada pelo Ronnie Von), "O Bom" (conhecida tanto na voz do Eduardo Araújo quanto do Roberto Carlos) e "Mamãe Passou Açúcar em Mim" (gravada pelo Wilson Simonal). Ao menos é o que ele alegava, visto que ele se aproveitava das falhas dos registros de compositores para tirar uma grana extra. 

Lula Galvão
Membro fundador dos Novos Baianos, Galvão se destaca por suas letras tão essenciais quanto a guitarra do Pepeu, a energia de Baby, a voz de Paulinho e a musicalidade de Moraes. Fora que foi ele que apresentou o João Gilberto para os outros integrantes.

Fernando Brant, Ronaldo Bastos e Márcio Borges
Do Clube da Esquina saiu alguns dos maiores talentos da música popular brasileira, incluindo os compositores. Logo de cara cito três geniais. Absurdo!

Capinam e Torquato Neto
A Tropicália e sua força multicultural espelhada em compositores como Capinam e Torquato Neto, esse último presente até mesmo na emblemática capa do disco manifesto do movimento. Dois gigantes.

Paulo Leminski
Genial que era, Leminski não ficou restrito a poesia, sendo seu dom com as palavras também aproveitado na música de Caetano Veloso, Moraes Moreira, Ney Matogrosso, Arnaldo Antunes e, principalmente, Itamar Assumpção.

Ferreira Goulard
Um dos maiores poetas brasileiros foi também parceiro de composição do Raimundo Fagner.

Paulo César Pinheiro

Compositor de mão cheia, que através de seu enorme talento, selou parcerias com nomes como João Nogueira, Francis Hime, Dori Caymmi, Tom Jobim, Ivan Lins, Edu Lobo, Guinga, Raphael Rabello, Baden Powell, dentre outros. Chegou a lançar subestimados discos solos.

Antonio Cicero
Um poeta refinado em meio o pop brasileiro. Irmão de Marina Lima, trabalhou também com Lulu Santos, Adriana Calcanhotto, Cláudio Zoli, dentre outros. 

Keith Reid
Um integrante que posa em fotos com a banda e não toca nenhum instrumento. Eis Keith Reid, o membro silencioso do Procol Harum.

Robert Hunter
Membro oculto do Grateful Dead, esse compositor é dono das letras que faziam os deadheads viajarem. Chegou a colaborar com o Bob Dylan.

Michael Moorcock
Esse aclamado escritos inglês, especialista em ficção científica e fantasias, é também o compositor de muitas das melhores canções do Hawkwind e do Blue Öyster Cult.

Peter Sinfield
A perfeição poética do disco de estreia do King Crimson tem nome: Peter Sinfield. Ele ficou encarregado de "apenas" escrever as canções. Um integrante importante e poucas vezes lembrando de uma banda genial. Anos depois ele chegou a trabalhar com a Celine Dion. Deve ter conseguido tirar alguma grana desta parceria.

Bernie Taupin
Ainda que tenha registrado discos solos, é inegável que suas composições tenham ganhado mérito e popularidade na voz de Elton John. Dentre tantos clássicos de autoria da dupla está a espetacular "Rocket Man". Uma das grandes parcerias da história do rock/pop.

Hal David
Resumidamente, o Bernie Taupin do Burt Bacharach. É muito mais que isso, mas deixemos assim.

Pete Brown
Letrista parceiro do Jack Bruce que chegou até mesmo a lançar projeto paralelo com o malucaço Graham Bond.